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Saúde

SUS libera 22 novos medicamentos gratuitos

A efetividade, segurança e custo-benefício são avaliados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Freepik

Em 2023, o ministério ultrapassou o valor de R$ 1,8 bilhão investidos em medicamentos contra a HIV.

O Ministério da Saúde liberou 22 novos medicamentos e sete novas tecnologias e procedimentos, que serão disponibilizados gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O processo é feito pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec).

Dos medicamentos incorporados estão tecnologias para doenças raras, infecciosas, oncologia, crônicas e outras. As incorporações incluem produtos para diabetes, tuberculose, HIV, esclerose múltipla, fibrose cística, hemofilia, mieloma, além da vacina contra a dengue. Para oncologia, foram dois medicamentos e dois procedimentos. Somente os dois medicamentos contra câncer devem beneficiar entre 5 e 8 mil pacientes nos próximos anos.

O secretário de saúde do trabalhador da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), destaca a importância de um governo federal que invista na saúde. 

“O SUS é um patrimônio brasileiro. São poucos países no mundo que têm acesso a medicamentos gratuitos como esses”, afirma Verdinho.

Como funciona a incorporação de novos medicamentos

O Conitec avalia os medicamentos com base em critérios técnicos e científicos, como efetividade, segurança e custo-benefício de novas tecnologias no sistema público de saúde com celeridade, em até 270 dias. O valor dos produtos não é levado em consideração.

Além disso, há um crivo social estabelecido, passando as terapias por consulta pública. Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, 33 consultas foram realizadas, com 14 mil opiniões.

Enfrentamento da epidemia de HIV e aids

Segundo o Ministério da Saúde, entre 2017 e 2021, a Aids foi a causa básica da morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil. Por isso, foi lançado um comitê interministerial para eliminação de doenças socialmente determinadas e a  Comissão Nacional de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Cnaids). 

Foram distribuídas aos estados 5,6 milhões de unidades dos antirretrovirais dolutegravir 50mg e lamivudina 300mg, uma combinação inédita de dois medicamentos eficazes para pacientes com HIV ou Aids. Até então, os pacientes tomavam combinações de vários medicamentos de diferentes classes para retardar a progressão da doença.

Em 2023, o ministério ultrapassou o valor de R$ 1,8 bilhão investidos em medicamentos contra o vírus. 

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