Após dois dias de produção parada, terminou nesta sexta-feira, dia 20, a greve na Revo, que teve início como protesto na última quarta-feira, dia 18. Os trabalhadores da empresa aprovaram o fim da greve porque os representantes da empresa chegaram a uma proposta que atende as reivindicações referente aos atrasos no depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o corte do convênio médico.
De acordo com Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), essa foi a primeira greve dos trabalhadores da Revo e ele acredita que a entidade teve uma excelente atuação para atender às demandas dos trabalhadores.
“O diálogo entre capital e trabalho precisa existir com os metalúrgicos, que deram um exemplo de responsabilidade e conscientização para com os seus direitos. O recado está mais do que dado para a direção da Revo”, diz.
Segundo o Verdinho, a proposta aprovada pelos trabalhadores garante ainda reajuste nos salários que corresponde ao total de perdas com a inflação nos últimos 12 meses, de 4,06%, mais aumento real, retroativo a setembro, data-base da categoria. Foi deliberada também a regularização do FGTS dos trabalhadores, além do convênio médico que já havia sido quitado durante a greve.
Ainda durante a assembleia, um trabalhador da empresa solicitou o microfone para expressar seu agradecimento aos colegas de trabalho e ao Sindicato, que esteve desde o início da mobilização ao lado dos metalúrgicos e metalúrgicas. “O Sindicato não nos abandonou, muito obrigado pelo suporte e apoio. Juntos, somos mais fortes”, ressaltou o trabalhador.
Nas negociações com as bancadas patronais, a Revo é representada pelo antigo Grupo 10, que não assina Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) desde 2017 e, por isso, os diretores do SMetal firmam acordos individuais, por fábrica.