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Metalúrgicas de São Paulo buscam melhorias no auxílio-creche

Negociações da FEM-CUT/SP e SMetal incluem igualdade de gênero e proteção às gestantes nas cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho

Gabriela Guedes / Imprensa SMetal
Caroline Queiróz Tomaz / Imprensa SMetal

A pauta por melhorias nas cláusulas de proteção às mulheres foi apresentada pelo Coletivo de Mulheres da FEM-CUT/SP

Entre as propostas de avanço das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para as trabalhadoras metalúrgicas está a busca por melhorias no auxílio-creche.

Segundo a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), a inclusão do auxílio creche para os homens também consta na nova redação da CCT, partindo do compromisso dos metalúrgicos com a igualdade de gênero e buscando reconhecer que a responsabilidade pela criação dos filhos não deve recair exclusivamente sobre as mulheres, promovendo assim a participação ativa dos pais na vida familiar.

“As cláusulas sociais da CCT já são muito importantes, mas é mais importante incluir avanços. A CCT foi direcionada principalmente para os homens, e nós não vamos desistir até sermos incluídas”, afirma Ceres Lucena, secretária de mulheres da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP).

Outro ponto importante que está em pauta é a possibilidade de ampliar o prazo de recebimento do auxílio creche para mais de cinco anos, conforme consta na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Hoje a convenção da categoria o auxílio creche é de 6 meses.

Mais direitos

Além disso, a preocupação com a estabilidade das trabalhadoras, especialmente as grávidas, ganha destaque nas discussões. Propõe-se que, no retorno da licença-maternidade, as mulheres tenham garantia de estabilidade no emprego por um período de seis meses. Isso visa proteger os direitos das gestantes e promover um ambiente de trabalho mais inclusivo e seguro.

A diretora do SMetal, Nazaré Inocência da Silva, coordenadora do Comitê Sindical da Flextronics, ressalta a importância de cláusulas como essas para a vida das trabalhadoras.

“O SMetal apoia as demandas das metalúrgicas de São Paulo e se mantém comprometido em lutar por condições de trabalho mais justas e igualitárias para todas. Estamos acompanhando de perto o desenrolar das negociações e os resultados alcançados”.

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No entanto, vale ressaltar que, até o momento, o setor patronal não tem dado um retorno satisfatório sobre essa importante questão. Nesse contexto, as negociações continuam sendo acompanhadas de perto, com a expectativa de que resultem em avanços significativos nas cláusulas sociais da CCT.

Por isso, o SMetal realizou assembleia geral na última sexta-feira, 6, que aprovou disposição de luta da categoria por aumento real, acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período, que ficou em 4,06%, que contribui para a reivindicação das cláusulas sociais da CCT.

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