Em reunião extraordinária na manhã terça-feira, 26, os 13 sindicatos ligados à Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) determinaram que até o final desta semana os grupos patronais devem dar retorno sobre as propostas apresentadas na pauta da Campanha Salarial de 2023.
“Reforçamos os patamares de negociação apresentados desde o início: aumento real e avanços nas cláusulas sociais, principalmente o fim do piso de entrada e o combate ao assédio contra as mulheres”, afirma Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP.
Segundo Erick, alguns grupos patronais já aceitaram o reajuste salarial de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou em 4,06% de perdas salariais neste ano, o que não é o suficiente para a Federação, que reivindica aumento acima deste valor.
Mobilização
Os dirigentes reafirmaram a necessidade da organização e mobilização da categoria para conquistar os avanços propostos. Inclusive, não descartam a possibilidade de greve caso algum grupo patronal se recuse a negociar.
“Iremos mobilizar e, caso seja necessário, paralisar a produção, para que possamos avançar para o aumento real do salário”, destaca Silvio Ferreira da Silva, Secretário-Geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).
Neste ano, o tema escolhido para a Campanha Salarial foi: “A Luta Continua Pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários e da Democracia” que, além do aumento real, busca valorizar as Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).
Uma nova reunião ficou marcada para a próxima terça-feira, dia 3, para avaliar o retorno dos grupos patronais e traçar estratégias para as próximas semanas.