Em todos os 358 anos de sua história, Sorocaba sempre foi administrada por representantes da elite econômica local. Além disso, os mandatários de plantão historicamente sempre estiveram ligados aos setores mais conservadores e atrasados da sociedade.
Para se ter ideia, em um intervalo de 50 anos, entre 1895 e 1945, Sorocaba foi governada por sete “capitães”, dois “coronéis” e dez “doutores”. Três séculos e meio depois de sua fundação, esses “coronéis”, “doutores” e “capitães” ainda insistem em dar continuidade com seu projeto de manutenção do poder.
Esse modo de governar da elite atende sempre, é claro, os interesses da elite. Trata-se de um governo que serve essencialmente aos donos dos meios de produção, principalmente industriais e especuladores imobiliários e não aos trabalhadores e à população como um todo. Sem falar na bajulação palaciana às poucas famílias proprietárias dos meios de comunicação local.
Ao mesmo tempo, essa prática perversa de fazer política exclui a maior parte da população trabalhadora. De 1964, ano do início da ditadura no país, até agora, os nove prefeitos que governaram Sorocaba, apesar de eventuais “adversários” políticos, são todos ligados ao mesmo grupo de interesse. Até quando?
Para abrir o gráfico “Teias do Poder”, sobre a sucessão de prefeitos de Sorocaba desde 1964, clique aqui.
