Em seis meses, os trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) tiveram 2,47% de perdas salariais, desde o fechamento da data-base da categoria, em setembro de 2022. O cálculo leva em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é utilizado como base para as negociações de reajuste salarial.
No mesmo período do ano passado – entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022 – a inflação acumulada para a data-base dos metalúrgicos era de 5,73%.
Na visão do presidente do SMetal, Leandro Soares, os números refletem o novo momento do Brasil. “Depois de quatro anos de completa instabilidade política e econômica, sob o comando de Bolsonaro, voltar a viver num país onde o presidente se preocupa com as pessoas e trabalha para melhorar as condições de vida. Isso reflete na inflação e na data-base dos metalúrgicos, que está num patamar inferior ao de 2022. Acreditamos firmemente que o presidente Lula seguirá guiando o Brasil para o caminho certo”.
Leandro alerta, no entanto, que isso não significa que as negociações da Campanha Salarial 2023 serão fáceis. “Sempre lembramos que negociar com o patrão é uma tarefa bastante desafiadora. Não importa se as perdas com a inflação sejam altas ou baixas, o empresariado nunca quer ceder a valorização dos trabalhadores. Mas o SMetal e a FEM-CUT/SP estão preparados para mais essa batalha para garantir o reconhecimento do trabalho duro da categoria”.
Campanha Salarial 2022 foi vitoriosa
Em 2022, a data-base dos metalúrgicos fechou com 8,83% de perdas com a inflação. As negociações se deram em meio a instabilidade econômica e política, encontrando resistência das bancadas patronais em fechar acordos que garantissem a valorização dos metalúrgicos.
“A luta por reajuste salarial e renovação das Convenções Coletivas, que asseguram importantes direitos para a categoria, nunca são fáceis. No ano passado, ainda enfrentamos inúmeras medidas eleitoreiras de Bolsonaro, que tentou enganar a classe trabalhadora. Mas mesmo diante de todas as adversidades, conseguimos fechar reajuste salarial de pelo menos 9% para mais de 95% dos metalúrgicos da nossa base, além dos direitos contidos nas CCTs”, enfatiza Leandro.