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Metso Fundição: acordo do SMetal garante sábados com jornada mais curta

Pauta era uma reivindicação antiga dos metalúrgicos do primeiro e segundo turno e foi negociada pelo SMetal; assembleia nesta quarta, 15, aprovou também a proposta de calendário de dias pontes 2023, que abrange as duas plantas

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Assembleia aconteceu nesta quarta-feira, 15

Assembleia aconteceu nesta quarta-feira, 15

A partir do mês de março, os metalúrgicos do primeiro e segundo turno da Metso, planta Fundição, passam a sair mais cedo do trabalho aos sábados. A pauta era uma reivindicação antiga dos trabalhadores da produção que, após intensa negociação do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) e dos membros do Comitê Sindical da Empresa (CSE), Francisco Lucrécio Saldanha e Alessandro de Oliveira Lopes de Siqueira, foi aprovada nesta quarta-feira, dia 15.

A assembleia, que foi realizada em todos os turnos, aprovou também a proposta de calendário de compensação de folgas em feriados prolongados (dias pontes) para 2023 – que abrange todos os trabalhadores das duas plantas, Fundição e Equipamentos – e tratou do fechamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2022, que teve 100% das metas alcançadas, garantindo assim o valor total negociado pelo Sindicato.

Francisco Saldanha, diretor executivo do SMetal e membro do CSE da Metso, destaca que, com os acordos – tanto de alteração da jornada como de calendário de dias pontes – os metalúrgicos terão mais tempo para ficar com a família no fim de semana e também poderão planejar momentos de lazer nos feriados prolongados ao longo do ano.

Ele explica que, para que os trabalhadores do primeiro e segundo turno possam sair mais cedo aos sábados, o Sindicato negociou a alteração no horário de intervalo para refeição e descanso na empresa durante a semana. Antes, a intrajornada era de 1h e, a partir do mês de março, passa a ser de 45 minutos.

“Buscamos negociar um horário de refeição que acreditamos não prejudicar o trabalhador, respeitando a garantia de um tempo razoável para que eles possam se alimentar e descansar dentro da empresa, mas também possibilitando a redução do horário de trabalho aos sábados, sem alteração nos salários”, esclarece.

Segundo ele, com a mudança, os trabalhadores do primeiro turno encerram a jornada aos sábados às 11h55, ao invés das 14h25. “Já o pessoal do segundo turno vai entrar mais cedo e passa a sair às 17h45, e não mais às 22h10, podemos assim aproveitar melhor o fim de semana. Não era a nossa proposta inicial e temos muito a avançar, mas acreditamos que se trata de um acordo bastante positivo e que atende, neste momento, à reivindicação dos trabalhadores da Fundição”, ressalta Saldanha.

Política Industrial

Daniela Gaspari / Imprensa SMetal
O presidente do SMetal, Leandro Soares, e o secretário da CNM-CUT, Loricardo de Oliveira, participaram da assembleia com os trabalhadores do terceiro turno da Metso Fundição

O presidente do SMetal, Leandro Soares, e o secretário da CNM-CUT, Loricardo de Oliveira, participaram da assembleia com os trabalhadores do terceiro turno da Metso Fundição

A assembleia realizada com o terceiro turno, na manhã desta quarta, 15, contou ainda com as presenças do presidente do SMetal, Leandro Soares; do secretário de administração e finanças da entidade, Tiago Almeida do Nascimento; e do secretário da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT), Loricardo de Oliveira.

Eles destacaram as principais pautas que o movimento sindical tem defendido nos fóruns de debate formados pela equipe do Governo Lula (PT), que passa pela valorização do salário mínimo, a criação de nova faixa para a isenção do imposto de renda e, principalmente, pela criação de uma política de desenvolvimento industrial do país.

“O processo de desindustrialização promovido nos últimos anos impactou e muito na nossa cadeia produtiva, principalmente no setor de fundição e forjaria. A forjaria, por exemplo, é uma grande preocupação nossa, pois muitos dos produtos que são usados na indústria automobilística tem sido importado e temos perdido um número de postos de trabalho significativo no país por conta disto”, critica Leandro Soares.

E completa: “agora, com um governo que dá voz aos trabalhadores, queremos discutir uma política de desenvolvimento industrial com viés para a manutenção e sobrevivência de empresas no Estado de São Paulo, o mais industrializado do país, mas que também possa contribuir com a geração de emprego e renda em todo o Brasil”.

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