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Dirigente sindical chega em Moçambique e inicia viagem “Missão África”

Fábio Rossy, metalúrgico da ZF do Brasil, passará por Moçambique e África do Sul levando projetos pessoais que misturam debates acerca do racismo e a prática de atividades físicas; saiba mais

Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal
Arquivo Pessoal
Brasileiro visitou o Edifício do Conselho Municipal de Maputo, capital de Moçambique

Brasileiro visitou o Edifício do Conselho Municipal de Maputo, capital de Moçambique

“Até que os leões inventem as suas próprias histórias, os caçadores serão sempre os heróis das narrativas de caça”. Este é um provérbio africano utilizado pelo metalúrgico Fábio Rossy para definir o início da viagem intitulada “Missão África”, que começou na semana passada.

O dirigente sindical partiu com destino à Moçambique e África do Sul na segunda-feira, 02. Na bagagem, Rossy não levará somente suas roupas também leva para Maputo e Joanesburgo suas vivências: desde as pautas raciais mais recentes, como o protagonismo negro, até suas reflexões sobre o racismo estrutural no Brasil.

Arquivo Pessoal
Além de recurso pessoal, Fabinho também acionou algumas parcerias para ajudar com os custos da viagem

Além de recurso pessoal, Fabinho também acionou algumas parcerias para ajudar com os custos da viagem

“O meu objetivo maior, com a minha vinda à África, é estudar sobre a nossa ancestralidade. Entender, na prática, tudo que aconteceu no Brasil e nos países africanos depois da escravidão. O colonizador nunca permitirá que o escravizado conte a sua versão da história e, desde que cheguei aqui, estou estudando essas complexidades”, afirmou em vídeo enviado ao Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).

Essas conversas e debates acontecerão nas comunidades das cidades citadas. Além do intercâmbio cultural e de ideias, Fabinho também irá executar seis projetos que envolve o aprendizado e ensinamento de técnicas de artes marciais. O metalúrgico é formado em educação física pela ACM (Sorocaba) e é professor de Muay Thai há sete anos. No momento, Fábio está alocado em Moçambique e deve seguir para África do Sul (Joanesburgo) na terça-feira, 10.

A viagem foi custeada com recursos próprios, além de auxilio de parceiros – que estampam uma bandeira levada pelo brasileiro para solo africano. No ano passado, um evento chamado “Samba do Fabinho” foi realizado no SMetal com a finalidade de arrecadar para auxiliar nas despesas da viagem. À luz desta viagem, o metalúrgico pretende escrever um livro com suas experiências e vivências.

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