O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) realizou nesta terça-feira, 27, a entrega de 50 cestas básicas na reserva indígena guarani Tekoa Gwira Pepo, localizada em Tapiraí. Mais de 40 famílias receberam uma cesta com arroz, feijão, macarrão, molho de tomate, sal, açúcar, óleo de cozinha, bolacha recheada, gelatina e outros mantimentos.
Além das cestas, produtos de hortifruti – produzidos pelo Movimento Sem Terra (MST) – também foram doados. O SMetal também destinou roupas, livros, produtos de higiene pessoal, doces e brinquedos para a comunidade indígena.
Os indígenas vivem numa área de 480 hectares na Serra de Paranapiacaba, desde o ano de 2018, depois que a construção do Rodoanel invadiu parte do Pico do Jaraguá, terra indígena Tekoa Pyau, em São Paulo.
O mapeamento e cadastro dessas famílias é feito pelo Banco de Alimentos de Sorocaba (BAS), a entidade beneficiada pelas doações do Natal Sem Fome de 2022. Durante o mês de dezembro, a campanha recebeu alimentos de metalúrgicos, empresas, parceiros e da comunidade civil como um todo. Essa força tarefa resultou em mais de 46 toneladas de alimentos, revertidos em 2113 cestas básicas.
Ao longo da última semana, esses produtos foram entregues para famílias de Sorocaba e região que vivem em situação de vulnerabilidade social, ou seja, pessoas que ganham tão pouco – ou até mesmo que não têm renda – que mal conseguem pagar as contas, vestir e se alimentar.
“Ações como o Natal Sem Fome são de extrema importância como uma ajuda às famílias. Mas sabemos que políticas de combate à fome e ao desperdício de alimentos devem ser executadas durante o ano inteiro”, afirma Tiago Almeida do Nascimento, presidente do Banco de Alimentos.
A entidade faz atendimento permanente a diversas instituições, ONGs e famílias. O BAS arrecada, higieniza e distribui aproximadamente 20 toneladas de alimentos por mês a milhares de pessoas carentes na região. E, caso você queira conhecer melhor esse trabalho, basta clicar aqui.
Entre 2012 e 2017, o Natal Sem Fome fez uma pausa. Isso porque o momento político-econômico era mais favorável aos que tinham menos. Haviam políticas públicas de combate à fome, além de mais oportunidades de emprego e renda para as famílias. Em 2018, porém, o SMetal entendeu a volta da ação como prioridade, uma vez que os números regionais sobre a fome e a miséria estavam crescendo.
Com a pandemia, a necessidade aumentou. O recesso econômico natural do momento foi ainda mais forte no Brasil. A vacina demorou a chegar, a economia estagnou e as famílias ficaram com o orçamento ainda mais curto. Quem já tinha muito pouco, ficou sem nada. Era o momento da campanha voltar.
“Nosso sonho é que o NSF não precise mais existir e que cada brasileiro e brasileira tenha acesso às três refeições diárias. Enquanto isso não acontece, nós fazemos o que está ao nosso alcance para levar um pouco de conforto àqueles que mais precisam”, afirma Leandro Soares, presidente do SMetal.
As cestas básicas foram distribuídas nas cidades de Sorocaba, Araçariguama, Votorantim, Tapiraí, Araçoiaba da Serra, Iperó, Salto de Pirapora, Piedade e Alumínio.