A taxa de desemprego foi de 8,3% no trimestre encerrado em outubro, menor que a de igual período de 2021 (12,1%). Agora, o número de desempregados é estimado em 9,022 milhões, queda de 8,7% no trimestre e de 30,1% em 12 meses. Com isso, o desemprego retornou a níveis registrados em 2015. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30) pelo IBGE.
Assim, com os novos resultados da pesquisa, o total de ocupados no país chegou a 99,661 milhões, recorde da série histórica, iniciada em 2012. A alta é de 1% no trimestre e de 6,1% em 12 meses.
Informais e desalentados
Ainda de acordo com a Pnad, o número de subutilizados (pessoas que gostariam de trabalhar mais) recuou para 22,679 milhões. Por sua vez, os desalentados somam 4,181 milhões. A população fora da força de trabalho foi estimada em 64,903 milhões. A taxa de informalidade corresponde a 39,1% da população ocupada, ante 40,7% há um ano. São 39 milhões de trabalhadores informais, segundo o IBGE.
Como vem acontecendo há vários meses, o emprego sem carteira cresce mais do que o com carteira assinada. Assim, o número de empregados com carteira no setor privado, calculado em 36,623 milhões, cresceu 8,1% em 12 meses. Já o de empregados sem carteira (13,372 milhões) aumentou 11,8% no mesmo intervalo e bateu recorde. Por sua vez, os trabalhadores por conta própria são 25,410 milhões, mantendo estabilidade.
Com alta de 6,7% em um ano, o número de trabalhadores no serviço doméstico chegou a 5,882 milhões. Em torno de 75% não têm registro.
Setor público e renda
Já o universo de empregados no setor público atingiu o recorde de 12,306 milhões, segundo a Pnad Contínua, com aumento de 10,4% em 12 meses. O que também bateu recorde foi o número de empregados sem carteira no setor público: 3,117 milhões, crescendo 33,6% em um ano.
Entre os setores de atividade, em relação a 2021 o IBGE apurou alta do emprego na indústria, comércio, administração pública e algumas áreas de serviços, além do setor doméstico. Os demais não tiveram variação considerada significativa.
Estimado em R$ 2.754, o rendimento médio cresceu 2,9% no trimestre e 4,7% na comparação anual. A massa de rendimentos soma R$ 269,5 bilhões, valor recorde.