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Economia

Cesta básica sorocabana consome 85,97% de um salário mínimo

Levantamento mostra que, de setembro para outubro, a cesta básica teve queda de 5,80% no seu valor final; em um ano, no entanto, trabalhador paga R$54,53 a mais pelos mesmos produtos

Imprensa SMetal
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Quando considerado o mesmo mês, em 2021, o levantamento mostra que os sorocabanos pagam R$54,53 a mais pelos mesmos produtos

Quando considerado o mesmo mês, em 2021, o levantamento mostra que os sorocabanos pagam R$54,53 a mais pelos mesmos produtos

A cesta básica sorocabana, composta por 34 itens entre alimentação, higiene pessoal e do lar, teve queda de 5,80% no mês de outubro. Quando considerado o mesmo mês, em 2021, o levantamento mostra que os sorocabanos pagam R$54,53 a mais pelos mesmos produtos.

O estudo, organizado pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade de Sorocaba (Uniso), mensura – mês a mês – as flutuações de preço nos itens de supermercado utilizados no cotidiano. Atualmente, são desembolsados pela população R$1041,90 para garantir as refeições básicas, a higiene pessoal e da casa. Isso equivale, em porcentagem, a 85,97% de um salário mínimo (R$1212).

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Os itens que mais contribuíram para a queda do preço da cesta foram: a muçarela fatiada que passou de R$ 60,88 para R$49,22 o quilo; o vinagre foi o segundo item com queda de 15,85% no preço ao consumidor final; no terceiro lugar, ficou o frango que passou a custar R$10,02 – enquanto custava R$11,67 em setembro de 2022.

Quando o assunto são os itens que mais subiram na cesta básica de outubro, o ranking é composto pelo papel higiênico com aumento de 13,97% no preço médio, seguido pela farinha de mandioca com 12,98% e, por fim, o detergente que ficou 7,55% mais caro.

Queda ligeira não desafoga o orçamento do trabalhador

Ainda segundo o levantamento, a queda do valor da cesta básica em outubro de 2022 foi em sentido contrário ao resultado medido pelo índice de inflação oficial, o IPCA-15, que apresentou uma alta de 0,16%. Isso significa, na leitura do Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Uniso, que os produtos de consumo básico que compõem a cesta básica ficaram mais baratos enquanto os bens e serviços em geral, medidos pelo IPCA-15, ficaram mais caros.

“Neste cenário, vemos que essas retrações mínimas no valor dos produtos alimentícios e de higiene pouco fazem diferença no bolso dos trabalhadores e trabalhadoras sorocabanos. Uma vez que, durante o ano inteiro, observamos um histórico de flutuação no preço da cesta básica. Além disso, os bens e serviços, em geral, também ficaram mais caros como aponta o estudo”, comenta Leandro Soares, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).

Até o momento, a cesta básica sorocabana apresenta meses de altas consecutivas e quedas ligeiras. Os itens começaram o ano custando R$987,88. Com o passar dos meses, o estudo registrou queda nos dois primeiros meses de 2022 e forte alta nos três meses consecutivos, no mês de junho novamente uma queda ligeira – na casa dos 2,34%. Em setembro, a Uniso aponta, novamente, uma alta do percentual.

Para o presidente do SMetal, ainda estamos longe do cenário ideal enquanto segurança alimentar e nutricional para a população de Sorocaba. “Uma cesta básica no patamar dos mil reais é um cenário desastroso, assim como um trabalhador que ganha um salário mínimo ter que gastar mais de 80% desse valor na compra de itens básicos. Esperamos que os próximos meses sejam de reação econômica”, comenta Leandro.

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alimentação Cesta Básica higiene do lar higiene pessoal inflação ipca 15 percentual Salário Mínimo
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