Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira,10, os trabalhadores da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) aprovaram a proposta de calendário de dias-pontes para 2022.
O acordo é negociado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) para que os trabalhadores possam organizar com antecedência os momentos de descanso e lazer com a família e amigos.
Na assembleia, o vice-presidente do SMetal, Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), lembrou que a CBA faz parte do Grupo 10, que não assina acordo da Convenção Coletiva há anos na Campanha Salarial. “A Convenção é a principal ferramenta para proteger os direitos dos metalúrgicos e a empresa, seguindo a bancada patronal, ignora a sua importância. Com isso, o Sindicato precisa redobrar a luta para negociar acordos direto com a fábrica e garantir que os trabalhadores sejam valorizados”.
Ele completou que o Sindicato também está averiguando a situação dos salários. “Supostamente, a CBA não tem respeitado o piso da categoria, estabelecido na Convenção Coletiva. Se for verdade, isso é inadmissível. Defendemos que os salários dos metalúrgicos comecem num patamar mínimo para garantir uma vida digna”.
Verdinho também destacou que as negociações para o Programa de Participação nos Resultados (PPR) 2022 terão início em breve. “Nosso principal compromisso é acabar com a diferença de valores pagos pela empresa. É fundamental que o PPR seja igual para todos e vamos cobrar isso da CBA. Também vamos buscar melhorias nas metas, pois hoje os trabalhadores não têm controle sobre elas”.
Outro ponto importante abordado na assembleia foi em relação ao transporte fretado. “Estamos acompanhando o aumento no número de funcionários aqui na CBA e isso é positivo. Mas é preciso garantir estrutura para os trabalhadores chegarem até o trabalho. Se há aumento de pessoal, precisamos melhorar o transporte e estamos cobrando essa questão da empresa também”.
Por fim, o vice-presidente do SMetal disse que o Sindicato também vai discutir com a CBA em relação à jornada de trabalho. “Hoje, os trabalhadores do administrativo fazem 40 horas semanais enquanto os da produção cumprem 44 horas. Nossa luta é para que a jornada seja igual para todos”, finaliza.