Para as famílias com renda muito baixa, menor do que R$ 1.808,79 por mês, a inflação acumulada em 12 meses, até setembro, foi de 10,98% contra os 10,25% registrados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, divulgados no dia 8.
Os dados, baseados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, são de estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e foram divulgados na última sexta-feira (15).
Segundo o Ipea, a inflação das famílias com renda muito baixa foi 2,07% maior do que a dos mais ricos, que ganham por mês R$ 17.764,49. Nas outras faixas de renda dos menos favorecidos, o percentual também é bastante superior ao dos ricos.
Confira:
De acordo com o Ipea, os itens que mais subiram para as famílias de renda muito baixa:
– Carne, com alta de 24,9%;
– Aves e ovos (+26,3%);
– Leite e derivados (+9%);
– Reajustes de 28,8% da energia e do botijão de gás na casa dos 34,7%;
Já para as famílias de renda mais alta, o que pesou foi:
– Alta de 42% nos combustíveis;
– Reajuste 56,8% nas passagens aéreas;
– Alta de 14,1% nos transportes por aplicativo;
– Alta de 12,1% dos aparelhos eletrônicos.
De acordo com o Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Ipea, foi registrada aceleração da taxa de inflação para todas as faixas de renda no mês de setembro, mas a inflação foi mais acentuada para as famílias de renda muito baixa (1,30%), comparativamente à apurada no grupo de renda mais elevada (1,09%).
Faixas de renda:
– Rendimento muito baixo: R$ 1.808,79 por mês;
– Rendimento baixo, entre R$ 1.808,79 e R$ 2.702,88;
– Renda média, entre R$ 2.702,88 e R$ 4.506,47;
– Mais ricos, renda mensal de R$ 17.764,49.