Sindicalistas de várias categorias filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) reivindicaram ao secretário de política econômica do Ministé¬rio da Fazenda, Márcio Holland, a continuidade dos incentivos governamentais para a fabricação de produtos dos setores automotivos e da linha branca no Brasil.
“Alertamos, porém, que estes inventivos não podem vir sem a contrapartida da garantia do nível de emprego pelas empresas”, afirmou o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, que esteve no encontro dia 8, em Brasília.
A advertência foi feita porque multinacionais da linha branca tiveram impostos rebaixados, mas apesar da isenção ampliaram a importação de peças, provocando a demissões no setor.
No setor automotivo, onde o incentivo foi acompanhado da obrigação do índice de nacionalização, o Sindicato quer elevar o índice, pois continuam ocorrendo importações.
Governo quer proteger empregos
O pedido dos sindicalistas foi acompanhado de ampla exposição sobre as dificuldades que estes setores atravessam. Também foi apontada a necessidade de uma ação governamental firme para evitar que a situação não se agrave.
Como exemplo, foi lembrado que a produção nacional de veículos caiu 26% em fevereiro deste ano em comparação ao mesmo mês de 2011 e o setor de caminhões igualmente sofreu um baque por causa da entrada em uso do motor Euro 5.
Segundo Sérgio Nobre, o secretário de política econômica do Ministé¬rio da Fazenda, Márcio Holland, e sua equipe ouviram com atenção a apresentação e mostraram-se preocupados com os dados levados pelos sindicalistas.
“Eles se comprometeram a apresentar nosso diagnóstico ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, o mais rápido possível e acentuaram que a diretriz do governo federal é proteger os empregos, como tem sido manifestado pela presidente Dilma”, concluiu Sérgio Nobre.