A falta de uma série de instrumentos que facilite a aplicação da lei Maria da Penha, que está preste a completar 5 anos, preocupa as mulheres Sorocabanas.
O assunto foi debatido na noite desta sexta-feira (9) na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba dentro da programação em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado na quinta, dia 8 de março.
Para a ex-deputada federal Iara Bernardi, uma das debatedoras no evento, a preocupação das mulheres, “e minha, também, é que a lei [Maria da Penha] não se deprecie por falta de instrumentos que facilitem a sua aplicação”.
Para Iara, que ajudou na elaboração da lei quando estava deputada federal, em Brasília, delegacia especializada, pessoal treinado e casas abrigos são alguns dos instrumentos que favorecem a aplicação da lei. “Se o município não oferecer uma série de instrumentos e se o aparato policial não foi adequado, a lei fica difícil [de ser cumprida]”, diz a ex-parlamentar.
Iara também criticou a medida tomada pelo delegado seccional de Sorocaba, André Moron, de determinar o atendimento de ocorrências femininas às delegacias comuns. Para ela, o atendimento nas delegacias comuns inibi as mulheres de prestar queixas.
Além de Iara Bernardi, também participaram do evento, como debatedores, Paula Andrea Vial da Silva, Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria da Cidadania; Andrea Souza da secretaria da mulheres da FEM/CUT e Alexandre Ogussuku, presidente da OAB/Sorocaba, Ruth de Oliveira Cortinove diretora do Sindicato dos Metalúrgicos.
O deputado estadual Hamilton Pereira e o vereador Izídio de Brito, ambos do PT, também prestigiaram o debate denominado “A Violência Contra a Mulher”.
Após o debate, haverá uma apresentação musical e um coquetel no salão de eventos da sede dos Metalúrgicos.
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