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Autopeça

Proposta de PPR 2021 é reprovada pelos trabalhadores da Bosch

Programa da empresa teve melhorias em relação à semana passada, porém não atendeu às reivindicações dos metalúrgicos da autopeça e foi reprovada nesta quarta-feira, dia 16; SMetal e membros do CSE vão retomar as negociações

Imprensa SMetal
Daniela Gaspari / Imprensa SMetal
A assembleia desta quarta-feira, 16, foi realizada seguindo protocolos de segurança para evitar riscos de contágio pela Covid-19

A assembleia desta quarta-feira, 16, foi realizada seguindo protocolos de segurança para evitar riscos de contágio pela Covid-19

Os trabalhadores da Robert Bosch, em Sorocaba, reprovaram nesta quarta-feira, dia 16, a proposta de Programa de Participação nos Resultados (PPR) para 2021, em assembleia realizada na porta da fábrica. A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) e os membros do Comitê Sindical (CSE) vão acionar a empresa para voltar à mesa de negociação.

Segundo o dirigente Wagner Aparecido Bueno (Sorveteiro), do CSE da Bosch, depois da assembleia de mobilização realizada na semana passada, no dia 9 de junho, a empresa apresentou melhorias na proposta, mas que não atenderam às reivindicações dos trabalhadores. “Agora, vamos começar as negociações do zero em busca de uma nova proposta de PPR que dialogue com os interesses dos metalúrgicos da Bosch. E esperamos poder contar com a união e mobilização de todos e todas para garantir avanços”, assegura.

Durante a assembleia, Leandro Soares, presidente do SMetal, reforçou que, atualmente, a situação do setor de autopeças no país está bem diferente do cenário do ano passado. Por isso, o Sindicato tem buscado negociar uma proposta que esteja de acordo com essa realidade.

“A produção na Bosch está em ritmo acelerado e o setor de caminhões, que é o principal destino dessas autopeças, tem apresentado números expressivos de crescimento. O que queremos nas negociações é que o resultado desse aumento da produção seja dividido com o trabalhador e trabalhadora de forma justa”, assegura.

E completa: “caso a empresa não apresente uma nova proposta, os metalúrgicos da Bosch e o Sindicato não descartam a realização de um protesto e, até mesmo, a paralisação da produção para pressionar os patrões que melhorem o valor do Programa”.

De volta à porta da fábrica

A assembleia da Bosch foi realizada na porta da fábrica, conforme a decisão recente do Sindicato em retomar o diálogo com o trabalhador de forma presencial. Porém, Leandro assegura que todas as votações estão sendo realizadas com o máximo de segurança, respeitando as medidas de prevenção à Covid-19, como distanciamento social, local aberto e uso obrigatório de máscaras.

Além de levar assuntos sobre o local de trabalho, os dirigentes do Sindicato têm utilizado as assembleias para conscientizar os trabalhadores sobre os cuidados necessários para evitar a doença e também sobre a importância da vacinação em massa no país – que é a única forma de combate à pandemia.

“O trabalhador se arrisca diariamente para levar o sustento para as suas casas e, desde o começo da pandemia, temos cobrado que as empresas adotem todas as medidas cabíveis de proteção, para tornar o local de trabalho seguro. Agora, com a retomada das assembleias presenciais, não seria diferente. Estamos tomando todos os cuidados e agindo com total responsabilidade para preservar a saúde e seguir a luta em defesa dos direitos da categoria”, enfatiza.

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