Os funcionários da fabricante de baterias Satúrnia, instalada na zona industrial de Sorocaba, voltaram a promover um protesto na porta da fábrica na manhã desta quinta-feira, dia 1º.
Entre às 8h e 11h da manhã desta quinta os metalúrgicos permaneceram na portaria da fábrica, sem entrar para o trabalho, como forma de protestar pela falta de depósito do FGTS e contra a possibilidade da indústria vender suas máquinas usadas na fabricação de baterias para submarino.
“Há indícios de que a empresa está negociando suas máquinas usadas na fabricação de bateria de submarino. Isso nos preocupa. Por isso os trabalhadores aproveitaram a presença de representantes da Marinha na fábrica e optaram por fazer mais esse protesto”, diz o dirigente sindical e funcionário da Satúrnia, Alex Sandro Fogaça.
A Satúrnia está fabricando uma bateria de submarino para a Marinha há quase dois anos, mas o produto, que está com apenas 25% pronto, já deveria ter sido entregue há pelo menos seis meses.
Protesto
Desde agosto do ano passado que a Satúrnia vive uma crise sem precedente, quando passou a atrasar pagamento, dar férias coletivas, cortar convênios e a frear a produção bruscamente.
Desde então os funcionários têm feito uma série de protestos, tanto na porta da fábrica como na Câmara Municipal e até mesmo em Campinas, na portaria da Eaton, suspeita de ter vendido a fábrica ao grupo ALTM, do Rio de Janeiro, com clara evidência de sucatear e fechar a empresa.
No começo do ano passado a empresa empregava aproximadamente 170 trabalhadores. Hoje são menos de 100, já que boa parte pediu rescisão indireta do contrato de trabalho ao perceber a fragilidade econômica da empresa.