Depois de sete anos trabalhando na carreira metalúrgica, Cleide Bueno da Silva decidiu entrar para a direção do Sindicato num dos piores momentos da história dos trabalhadores brasileiros. O fim de vários direitos trabalhistas, a liberação total da terceirização e a reforma da previdência, entre outros ataques que a classe trabalhadora vem sofrendo, estão entre as principais batalhas que a nova dirigente sindical vai enfrentar.
“Só sei que teremos muito, mas muito trabalho pela frente”, sentencia Cleide, que assume seu primeiro mandato em maio, em plena pandemia do novo coronavírus, outra crise que tem prejudicado – e muito – os trabalhadores. Cleide também fará parte do Comitê Sindical de Empresa (CSE) da Flextronics.
Funcionária da fábrica desde 2014 e mãe de uma menina e um menino, Cleide decidiu entrar para a direção do SMetal porque, segundo ela, é a única maneira de lutar pelas causas do trabalhador e da trabalhadora.
Ela conta que é sindicalizada há seis anos, desde o início da carreira metalúrgica, e que, graças ao Sindicato, os metalúrgicos, em geral, e os funcionários da Flex, em particular, tiveram muitas conquistas nos últimos anos.
“Nesses sete anos em que trabalho na Flex, vi muitas melhorias conquistadas pelo Sindicato, seja na estrutura física da fábrica, como a iluminação, ou nos direitos e nas condições de trabalho, como na alimentação, no transporte e na saúde dos trabalhadores”, conta Cleide.