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Leia entrevista

Daniel Calazans assume como novo secretário-geral da CUT/SP

Nome do representante da categoria metalúrgica surgiu em um congresso da CUT-SP realizado em 2019; Calazans tem ao menos 30 anos de trajetória no movimento sindical e em defesa da classe trabalhadora

Imprensa SMetal
Daniela Gaspari/Imprensa SMetal
Representante do ramo metalúrgico no ABC paulista, Calazans substitui João Cayres, que no final de janeiro se licenciou do cargo para assumir a Diretoria de Relações Internacionais da Prefeitura de Diadema

Representante do ramo metalúrgico no ABC paulista, Calazans substitui João Cayres, que no final de janeiro se licenciou do cargo para assumir a Diretoria de Relações Internacionais da Prefeitura de Diadema

Daniel Bispo Calazans assumiu a pasta da secretaria geral da CUT-SP no final de fevereiro. Ele, que é diretor executivo da Federação do Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM/CUT-SP), chega para reforçar a entidade em um momento que o então secretário, João Cayres, se licenciou do cargo para assumir a Diretoria de Relações Internacionais da Prefeitura de Diadema.

Calazans tem ao menos 30 anos de trajetória no movimento sindical: foi membro do CSE na Scania, além de ter sido dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ao assumir a pasta no dia 26 de fevereiro, foi recebido pelo presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, e pelo secretário de Administração e Finanças, Renato Zulato.

Em entrevista para o Portal SMetal, Daniel falou um pouco sobre o novo desafio e os rumos para a classe trabalhadora sorocabana e brasileira. Confira:

Imprensa SMetal: Como você se sente diante deste próximo desafio em sua trajetória no movimento sindical?

Daniel: Em um primeiro momento senti medo. Pela responsabilidade e tudo que precisaremos enfrentar no futuro, mas, depois, o sentimento que fica é de acolhimento, pois encontrei nos companheiros da CUT-SP todo o respaldo que irei precisar para vencer todos desafios.

Imprensa SMetal: Você chega para somar forças mediante a saída de João Cayres. Qual a responsabilidade disso?

Daniel: A entidade é grande e requer líderes capacitados. Me sinto amparado por todo o apoio para que eu possa desempenhar um bom mandato assim como João que, para mim, deixou um legado de determinação e coragem. Ele era um dirigente completo na comunicação, na ação e na mobilização. Esses três fatores são super importantes. Você ter o dom de despertar pessoas para ajudar coletivamente no crescimento da central, do movimento e da luta de classes é algo a ser alcançado.

Imprensa SMetal: A classe trabalhadora enfrenta um movimento muito difícil. Na sua concepção, quais são os caminhos para que possamos superar e avançar?

Daniel: Continuar lutando para avançar. Por exemplo, as novas tecnologias salientam ainda mais a exploração dos trabalhadores. Eles estavam despreparados e não houve um planejamento do governo federal, estadual ou municipal para conceder requalificação para que esse trabalhador pudesse se colocar no mercado de trabalho. Essa exploração é histórica, 521 anos que os direitos são negados à população.

É inadmissível que uma criança nasce, sabendo que se não trabalhar, não come. A sociedade que eu penso, a CUT pensa e que o movimento sindicato combativo pensa é uma sociedade em que essa criança nasce com todo acesso à alimentação, infraestrutura para depois trabalhar. Então, precisamos mais do que nunca do fortalecimento do sindicato.

Os desafios estão postos e cabe a nós trabalhadores nos indignarmos com essas desigualdades. Essa motivação me leva acreditar que há um futuro pela frente e somente no coletivo. Se eu me isolar, será esse Brasil atrasado, com condições precárias. Se eu penso no coletivo e estou respaldado por pessoas que acreditam na mudança, tudo é possível. Eu sou otimista! Estou amparado por companheiros que sonham com um Brasil diferente.

Imprensa SMetal: O que faz de um sindicato um “bom” sindicato?

Daniel: O sindicato é bom com responsabilidade social, que dialoga com os trabalhadores no local de trabalho. Então, para mim, é extremamente significativo dizer isso pois há uma diferença entre as ações e gestões. Quando falo em sindicato, existe aquele que está comprometido com a luta dos trabalhadores e aqueles que infelizmente acham que devem ser somente o “porta-voz” dos trabalhadores.

Imprensa SMetal: Como você observa a atuação do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região?

Daniel: A luta desse sindicato trouxe ganhos econômicos, sociais e políticos. O poder de compra do trabalhador sorocabano só se manteve graças à luta deste sindicato e que virou referência para todo o estado de São Paulo e, com certeza, para o Brasil. Graças a determinação, entrega e coragem desses companheiros em acreditar que é possível melhorar a condição de vida desses trabalhadores.

Saiba mais sobre a biografia de Daniel Calazans clicando aqui.

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