Nesta quinta-feira (18), o país chegou ao quinto dia com maior número de mortes causadas pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, em toda a pandemia. Foram 1.432 novos óbitos em 24 horas. Também é o terceiro maior registro em 2021. Isso no mesmo dia em que o país também ultrapassou a marca dos 10 milhões de casos confirmados, de acordo com dados consórcio.
O país já perdeu 243.610 pessoas para a Covid-19 e já registrou 10.028.644 casos confirmados da doença.
Confira os outros recordes
Em 11 de fevereiro foram 1.452 mortes em um intervalo de 24 horas. Em 28 de janeiro, foram 1.439 novos óbitos computados. O recorde ocorreu em 29 de julho, com 1.554.
E nada de vacina para todos
Ainda sem data para chegada de novas doses das vacinas contra a Covid-19, o ministro da Saúde, general Eduardo Pauzuello, anunciou aos governadores na quarta-feira (17) um calendário nacional de vacinação. Nesta quinta-feira (18), mudou tudo e não tem previsão de datas e nem quantidade de doses que cada estado vai receber.
Cinco capitais estaduais e municípios de regiões metropolitanas suspenderam a aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 por falta de doses.
São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, anunciou a interrupção da imunização por falta de vacina. Situação parecida em cidades como o Rio de Janeiro, Salvador, Campo Grande, Cuiabá, São Luís, Florianópolis, Porto Alegre e Macapá.
A confusão gerada por Pazuello sobre a escassez de doses de vacina da Covid-19 vem gerando severas críticas de prefeitos e governadores no país. Pazuello e o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) estão sob uma investigação preliminar da Procuradoria-Geral da República (PGR) que apura a conduta de ambos frente à crise sanitária nos estados do Amazonas e Pará.
Situação é gravíssima
A gestão das autoridades federais no controle, prevenção e imunização contra o novo coronavírus tem sido desastrosa desde o começo da pandemia, em fevereiro do ano passado. Especialistas e prefeitos alertam que a situação é “gravíssima”, já que uma nova variante, surgida no Amazonas, mais transmissível e agressiva, circula em várias capitais brasileiras.
Sem vacina, sem planejamento e sem coordenação nacional, o resultado pode ser o colapso no sistema de saúde em várias regiões, como já acontece no Amazonas, Pará, Roraima e nos municípios paulistas Araraquara e Bauru.
Total de vacinados até agora
Até o momento, 5.402.913 pessoas já foram imunizadas no país contra a covid-19, segundo os dados do consórcio de imprensa, baseado nos dados informados pelas secretarias estaduais de saúde. A segunda dose foi aplicada em 358.619 pessoas, atingindo um total de 667.410 vacinados nesta fase — o equivalente a 0,32% da população brasileira.
O estado do Amazonas é o que tem o maior percentual de pessoas que já receberam a primeira dose da vacina (4,87%), enquanto o Sergipe é o estado com o maior percentual da população que recebeu as duas doses (1,02%).
9 hospitais de Goiás estão com lotação máxima nas UTIs
Nove hospitais de Goiás estão com lotação esgotadas nas UTIs para pacientes de Covid-19. Itapaci, no Noroeste goiano, amanheceu nesta quinta-feira (18) com dez pacientes entubados, esperando um leito de UTI.
A prefeitura decretou lockdown. Um terço dos municípios goianos está em situação de calamidade, sem leitos de UTI para atender paciente em estado grave. A recomendação do governo do estado é que esses municípios adotem o lockdown, fechem tudo para evitar aglomerações.
Outros 107 municípios estão em situação crítica e devem reduzir pela metade as atividades. Pelo quarto dia seguido, o maior hospital de enfrentamento à Covid, está lotado.
Várias cidades de Goiás anunciaram medidas de restrição para conter o avanço da Covid-19 após o governo classificar seis das 18 regiões de saúde em situação de calamidade. Ao todo, essas áreas englobam 89 das 246 cidades goianas.
Anápolis, Itapaci, Catalão, Pilar de Goiás e outras cidades são as que já adoram endurecimento na circulação de pessoas. Em todo o estado, 377 mil pessoas foram infectadas e mais 8 mil vítimas fatais