Mensalmente, 43 toneladas de alimentos são distribuídas entre 140 entidades sociais de Sorocaba e região. O trabalho é realizado pelo Banco de Alimentos de Sorocaba que recebe doações de mercados, padarias, permissionários da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e produtores rurais repassando-as para as entidades.
Em funcionamento desde 2006, o Banco de Alimentos tem como principais objetivos a redução do desperdício de alimentos e a segurança alimentar com diminuição da fome entre a população vulnerável.
O Sindicato dos Metalúrgicos é o principal mantenedor da entidade.
Entre os beneficiados com a ação, estão asilos, creches, associação de moradores, orfanatos, casas transitórias e de atendimento a enfermos como doentes renais e portadores de câncer. Quando, mesmo depois da retirada feitas pelas entidades, ainda há excedente de alimentos, a distribuição é feita em comunidades carentes da cidade de Sorocaba.
Coordenador do projeto, Claudio Antonio de Farias, explica que o banco recolhe as doações diariamente. Existe um projeto de ampliação do espaço físico do Banco de Alimentos. O custo previsto para a construção de um novo galpão é de R$ 200 mil. Esse novo espaço seria usado para abrigar a câmara de refrigeração e os equipamentos de lavagem dos alimentos.
Para retirada dos alimentos, o banco conta com caminhões e veículos menores. “Vamos buscar as doações nas cidades da região e até em São Paulo”, comentou Farias. As entidades beneficiadas, porém, devem buscar as doações na Ceagesp. Segundo o coordenador, há casos de entidades que vão buscar alimentos de duas a três vezes por semana.
Triagem técnica
Os produtos doados são analisados e triados por uma equipe técnica. Essa etapa é realizada por estagiários alunos da Escola Técnica Estadual Rubens de Faria e Souza. São seis estudantes do cursos técnicos em Nutrição e Dietética e em Alimentos. Todo o serviço é feito com a supervisão e orientação de professores especializados em Nutrição. Isso, comenta Farias, garante o controle de qualidade dos alimentos repassados para as entidades.
“As doações normalmente são de produtos fora dos padrões de comercialização como sacos rasgados, latas amassadas ou frutas e legumes machucados”, comenta o coordenador, destacando que não são aceitos alimentos com restrições de caráter sanitário. Além dos estagiários, o banco conta com quatro funcionários (sendo dois cedidos pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região), cinco voluntários e cinco prestadores de serviços comunitários no sistema de penas alternativas.
Cinco refeições diárias
O Centro de Integração da Mulher (CIM) está entre as entidades que recebem as doações recolhidas pelo banco. A coordenadora do CIM, Cátia Camargo, conta que todas as terças-feiras vai até a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) retirar alimentos e produtos de mercearia. “Isso é muito importante para nós, principalmente os produtos de higiene e limpeza”, comenta.
Atualmente com 17 pessoas abrigadas, o CIM serve cinco refeições diárias para os atendidos. “Se não fossem as doações dos Banco de Alimentos, gastaríamos muito mais com alimentação”, comenta. A qualidade dos produtos entregues também é destacado por Cátia. A entidade de proteção e valorização da mulher recebe as doações desde o início das atividades do banco. “As coisas vêm em ótimas condições e a organização é muito boa”, afirma.