Parafraseando a economista e filósofa Rosa Luxemburgo, ‘por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres’, no último domingo, 8 de março, milhares de mulheres foram às ruas no mundo inteiro para evidenciar a luta por direitos, justiça e, acima de tudo, por RESPEITO.
No Brasil, não foi diferente. Na cidade de São Paulo, debaixo de chuva, trabalhadoras ocuparam a Avenida Paulista com faixas, bandeiras e cartazes em repúdio às desigualdades e aos retrocessos impostos pelo governo Bolsonaro nas políticas em defesa dos direitos das mulheres. Assim como um dia antes, elas ocuparam o centro de Sorocaba.
Direitos como o de receber salários dignos ou pelos menos iguais aos homens que exercem a mesma função no trabalho. De serem respeitadas e não sofrerem assédio de qualquer tipo nas ruas e no trabalho. De não terem medo de serem julgadas pelo que vestem e de andarem nas ruas sossegadas. Ou mesmo de não morrerem pelo fato de serem mulheres.
E quando falamos da vida das mulheres, não se trata apenas do combate ao feminicídio ou de medidas contra a violência, mas sim contra tudo o que mata as mulheres, como a Reformas que retiram direitos duramente conquistados e dificultam ainda mais a aposentadoria ou mesmo a falta de investimento em políticas públicas.
Todos nós, homens ou mulheres, precisamos parar de enxergá-las como indivíduos fracos e inferiores na sociedade. Não são uma ‘fraquejada’, como já disse o atual presidente. Muito pelo contrário.
A luta por igualdade de direitos é longa e, a cada dia, um novo capítulo é escrito. No mercado de trabalho é nítido que tem muito há muito a ser feito. Em um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), de 247 mil mulheres entrevistadas, metade perdeu o emprego até dois anos após terem dado à luz.
Isso é apenas uma amostra de que as leis atuais ainda são insuficientes para assegurar um tratamento igualitário dentro do local de trabalho. Outro exemplo de retrocesso nas leis que amparam a mulher trabalhadora foi a recente decisão do TST em retirar o direito à estabilidade gestante em casos de contrato temporário.
Por isso, no mês da Mulher, convidamos todos e todas a se conscientizarem sobre a importância da luta das mulheres por melhores condições de vida e de trabalho. Não é mimimi e sim um desafio de todos por um País com mais igualdade de direitos e oportunidades.