Os metalúrgicos de Sorocaba e Região aprovaram, em assembleia realizada hoje (6), na sede do Sindicato em Sorocaba, a assinatura do acordo estadual com as empresas do Grupo 3 (autopeças, forjarias e fábricas de parafusos). O acordo contém as cláusulas sociais da Convenção Coletiva, válidas inclusive nas fábricas que firmaram acordos locais para reajuste de salários.
Além das cláusulas sociais, o acordo garante pisos salariais e reajuste mínimo de 10% também nas fábricas do Grupo 3 (G3) que não fizeram acordos diretamente com o Sindicato dos Metalúrgicos.
Porém, nas fábricas em que os trabalhadores se mobilizaram e houve acordos locais, valem sempre as melhores condições para os metalúrgicos. Isso significa que a assinatura do acordo estadual não invalida os reajustes acima de 10% e os abonos conquistados na região de Sorocaba.
Na assembleia de hoje (6), os participantes também decidiram que o Sindicato deve continuar buscando reajustes melhores do que o estadual sempre que houver mobilização nas fábricas.
O acordo estadual (Convenção Coletiva de Trabalho) tem validade por dois anos, de 1º de setembro de 2011 a 31 de agosto de 2013. As negociações foram coordenadas pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), à qual o sindicato de Sorocaba é filiado.
Outros grupos
Enquanto a campanha salarial já está decidida no G3, em outros cinco grupos patronais metalúrgicos com fábrica na região de Sorocaba (G2, G8, G9, Fundições e Estamparias de Metais), ainda não há acordos salariais definidos para este ano.
Nesses grupos, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba ainda não assinou acordos estaduais e está buscando reajustes salariais por fábrica. A reivindicação é que o reajuste seja superior a 10% ou que seja complementado com abonos.
70 acordos locais
Nas últimas duas semanas, mais de 26 mil metalúrgicos de 70 empresas da região aprovaram acordos negociados pelo sindicato, sempre com ganhos salariais superiores aos 10% previstos nos acordos estaduais.
Agora, com a assinatura do acordo estadual no G3, esse número sobe para 27 mil metalúrgicos em 80 fábricas, aproximadamente.
A categoria metalúrgica na região de Sorocaba é formada por 44 mil trabalhadores. A data-base da categoria venceu dia 1º de setembro.
Honeywell e Nova Tamboré
Já as fábricas Honeywell (autopeça) e Nova Tamboré (perfis de alumínio) continuavam em greve na noite desta quinta-feira. Na Honeywell (Jurid) a greve começou dia 26 e na Nova Tamboré, dia 30. “O fato de aderirmos ao acordo estadual do G3 não impede os metalúrgicos da Honeywell de continuarem lutando por salários melhores”, afirma Izídio de Brito, diretor do Sindicato e vereador pelo PT em Sorocaba.
No final da tarde de hoje (6), o Sindicato recebeu informações de que a empresa entrou com pedido de dissídio (julgamento da greve) no Tribunal Regional do Trabalho (15ª Região SP), em Campinas. Nos próximos dias, este site publicará mais informações sobre o caso.
Tanto na Honeywell quanto na Tamboré, o Sindicato vai se reunir com os trabalhadores nesta sexta-feira para definir os rumos do movimento.
Pisos salariais
Confira abaixo os pisos salariais do Grupo 3 previstos no acordo estadual, aprovado hoje (6) em Sorocaba. Nos casos em que houve acordos locais, valem sempre as melhores condições salariais para os trabalhadores.
Empresas (do G3) com até 75 funcionários: R$ 996,00
Empresas (do G3) com mais de 75 funcionários: R$ 1.214,00
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