Durante reunião em São Paulo, entidades representativas de trabalhadores de transportes decidiram, nesta terça-feira (4), aderir à greve geral marcada para o dia 14 de junho. O protesto é contra a reforma da Previdência, pela retomada do crescimento e contra os cortes na educação.
O encontro contou com a participação de representantes dos sindicatos dos aeroviários, aeroportuários, portuários, motoristas e cobradores rodoviários, além de metroviários e ferroviários.
“A greve está sendo debatida em escolas, igrejas, bares e as pessoas falam da greve por conta do rumo que o país tomou com Bolsonaro. Há um absoluto desalento com o governo. Bolsonaro se apresentou como solução e não resolveu nada. As pessoas estão vivenciando uma enorme crise e questionando o governo que não tem proposta de política econômica”, declarou Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que abriu a reunião.
Adesão total
Paulo João Eustásia, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística da CUT (CNTTL), disse que havia a preocupação entre as entidades de que algum modal de transporte não aderisse à paralisação. No entanto, na reunião, a participação de todos no movimento se consolidou.
“Temos tudo para superar o dia 28 de abril de 2017 e dar uma resposta ao governo com relação aos ataques aos direitos, principalmente contra a reforma da Previdência”, destacou Eustásia, se referindo à maior greve geral do Brasil realizada no governo de Michel Temer.