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Cesta básica em Sorocaba sobe mais do que a inflação

A cesta básica subiu 9% em 12 meses. A abrangência da pesquisa é a mesma da data-base dos metalúrgicos

Imprensa Smetal

Levantamento da Universidade de Sorocaba (Uniso), divulgado no final da semana passada, revelou que a cesta básica de alimentos subiu 9% nos últimos 12 meses na cidade. Já os medidores de custo de vida IPCA e INPC acumulam, respectivamente, 7.2% e 7.4% de inflação no período.

A abrangência da pesquisa é a mesma da data-base dos metalúrgicos (setembro de 2010 a agosto de 2011), que utiliza o INPC como base de cálculo para reposição da inflação.

Os metalúrgicos da CUT no estado, incluindo Sorocaba, estão em campanha por reajustes salariais. A data-base da categoria venceu dia 1º de setembro, mas os empresários oferecem aumentos entre 8,2% e 9% nos salários dos trabalhadores. A categoria pode entrar em greve esta semana.

Atualmente, os sorocabanos gastam R$ 381,50, em média, para comprar os produtos básicos para sustento mensal de uma família com quatro pessoas. Em agosto de 2010, a cesta custava R$ 349,98, segundo o levantamento do Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Uniso.

A reportagem completa sobre o custo da cesta básica foi publicada no jornal Cruzeiro do Sul neste sábado, dia 10 (veja link no final desta matéria).

Resposta dos Metalúrgicos

“Tem muita empresa em Sorocaba com influência na Fiesp (Federação das Indústrias de SP), que comanda a negociação estadual em nome dos patrões. Mas elas não se mexem para agilizar propostas sérias”, afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

“Até agora nos ofereceram, basicamente, a reposição da inflação. Isso é uma provocação, pois o ritmo de trabalho, a produtividade e os lucros na esmagadora maioria das empresas estão a todo vapor”, informa Terto.

Para o dirigente sindical, as entidades empresariais estão tentando dividir os trabalhadores e forçar acordos por fábrica. “É uma estratégia patronal cruel, antidemocrática e socialmente irresponsável, que aprofunda desigualdades e incentiva o individualismo perverso. A data-base é definida em lei justamente para firmarmos acordos coletivos da categoria, e não segmentados por fábricas”, reclama.

Para Terto, os patrões erram ao duvidar da consciência e da capacidade de mobilização dos metalúrgicos. “A categoria exige respeito. Está indignada, sabe ter trabalhado mais do que o bastante para ter direitos a melhorias. Se vierem protestos e greves, serão hipocrisia e abuso do patrão chamar polícia ou reclamar com a imprensa que o sindicato é supostamente radical”, avisa.

Cesta básica em Sorocaba
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