Após uma semana de folga determinada pela empresa, os 170 trabalhadores da Satúrnia voltaram à fábrica no último dia 16 na expectativa de receber seus salários atrasados e retomar a produção de baterias. Mas depois de um dia inteiro sem atividades internas, por falta de matéria-prima, os funcionários foram comunicados que a licença “remunerada” está prorrogada até sexta-feira, dia 19.
“A empresa diz que a licença é remunerada, mas o fato é que os trabalhadores estão com parte dos salários de julho atrasados e ainda não receberam o vale que deveria ter sido pago no último dia 12”, afirma Alex Sandro Fogaça, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos e funcionário da Satúrnia.
No retorno ao trabalho, dia 16, a empresa não forneceu transporte, desjejum, nem refeição. Somente no fim do expediente os trabalhadores foram comunicados sobre a renovação da licença.
A Satúrnia fabrica baterias industriais e tem contrato com a Marinha para produção de baterias para submarinos.
A empresa é controlada pela ALTM, do Rio de Janeiro, que não informa sobre os planos da Satúrnia. O Sindicato está tentando contato também com a multinacional Eaton, ex-proprietária, que pode ainda ter responsabilidade sobre a fábrica.