O economista da subseção SMetal do Dieese, Fernando Lima, explica que o crescimento do PIB de 1%, divulgado nesta quinta-feira, 1, pelo IBGE, não é sinônimo de recuperação geral da economia, pois esse resultado é focado no setor agrícola.
A economia brasileira continua a caminhar com níveis desiguais na atividade econômica, devido aos outros dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo IBGE, apontarem que o setor de serviços ficou próximo de zero e a indústria ficou estagnada.
Na análise do economista, o crescimento do consumo das famílias continua a ser baixo e não há investimento nos bens de capital, justamente em equipamentos que poderiam trazer competitividade ao país e contribuir para a geração de novos empregos.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, a questão que preocupa é que com esse ritmo de crescimento e focalizado em determinados setores da economia não teremos melhoria na condição de vida da grande massa trabalhadora.
“Mais um ano do governo Temer se passou e não foram encontradas soluções para o setor industrial brasileiro, que vive uma crise sem precedentes e com sinalização clara de que esse quadro não vai se alterar no curto prazo. Ainda mais se tomarmos como base o próprio indicador de bens de capital que teve queda de 1,8% (formação bruta de capital fixo)”, alerta Soares.
Para o dirigente sindical, é urgente se pensar em uma política industrial para o país. “No plano municipal e regional, já nos reunimos com o prefeito e seus secretários para iniciarmos um debate sobre a questão”.