O mercado formal de trabalho abriu vagas em setembro, na sexta alta seguida, mas com um resultado que pode ser definido como estabilidade, com variação de 0,1% sobre o mês anterior. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na tarde de hoje (19) pelo Ministério do Trabalho, foram abertos 34.392 empregos com carteira assinada, com 1.148.307 contratações e 1.113.905 demissões.
Pelos dados do Caged, o salário de quem é demitido supera a remuneração dos contratados. O salário médio de admissão em setembro foi de R$ 1.478,52, enquanto o de demissão foi de R$ 1.685,37.
No ano, o saldo é de 208.874 postos de trabalho, com pequena expansão (0,5%) sobre o estoque de dezembro de 2016. Em 12 meses, o país perde 466.654 vagas com carteira (-1,2%), diminuindo o ritmo de queda.
Dos oito setores analisados, quatro tiveram crescimento no mês passado, com destaque para a indústria de transformação (saldo de 25.684 empregos, sendo 16.982 apenas no segmento de produtos alimentícios) e o comércio (15.040). Serviços (3.743) e construção civil (380) também registram aumento no número de postos de trabalho.
Tiveram resultado negativo a agropecuária (-8.372), serviços industriais de utilidade pública (-1.246; a área envolve atividades relacionadas a gás e esgoto), administração pública (-704) e o setor extrativo-mineral (-133).
O Caged registrou expansão em 20 das 27 unidades da federação. Pernambuco criou 13.992 empregos formais, impulsionado pela indústria e pela agropecuária, principalmente. As principais retrações vieram do Rio de Janeiro (-4.769) e de Minas Gerais (-4.291).