Vereadores da CPI do Diploma protocolaram pedido de afastamento do prefeito José Crespo (DEM) no Ministério Público, nesta sexta-feira, dia 11, que será encaminhado ao promotor Orlando Bastos.
Com seis oitivas realizadas, a CPI investigou o possível crime de prevaricação do prefeito Crespo (DEM) diante a comprovação de documentos falsos usados pela assessora do prefeito, Tatiane Polis.
O relatório do vereador Hudson Pessini (PMDB) aponta que não houve a devida investigação por parte do prefeito, do diploma da assessora Tatiane Polis, pois o certificado de conclusão de ensino médio e fundamental dela é “nulo”. “A CPI comprovou que o diploma é de fato falso”, afirma o relator.
A partir das recomendações da Câmara, o Ministério Público pode abrir uma ação civil pública por Improbidade Administrativa, pode também encaminhar o processo para uma ação criminal por prevaricação.
O relatório da CPI aponta também que houve blindagem do prefeito durante a investigação e indica a criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar casos de assédio moral contra funcionários públicos, que se forem julgados procedentes, são enquadrados como improbidade administrativa.
Aprovação do relatório
Nesta sexta-feira, dia 11, sete dos 10 vereadores compareceram no plenário para votar o relatório. Fernanda Garcia (Psol), presidente da CPI, Huson Pessini (PMDB), relator, Hélio Brasileiro (PMDB), Péricles Régis (PMDB), Iara Bernardi (PT), Francisco França (PT) e Renan Santos (PCdoB) aprovaram por consenso o texto apresentado.
Antônio Carlos Silvano Junior (PV), Fausto Peres (Podemos), João Donizeti (PSDB) fazem parte da CPI, mas não estavam presentes na sessão.
Logo após o término da sessão, os vereadores Hudson Pessini, Fernanda Garcia, Iara Bernardi, Péricles Régis e Renan Santos se dirigiram ao Ministério Público.
A vereadora Fernanda Garcia acredita que José Crespo deveria ter resolvido a situação desde o começo, abrindo ele mesmo uma investigação. “Estamos com sérios problemas na cidade e é papel da Câmara Municipal fiscalizar isso. Com essa crise política, as denúncias e cobranças não conseguem ser encaminhadas e a população sofre, pois precisa de uma solução rápida para seus problemas”.