Esta semana, dias 8, 9 e 10 de fevereiro, os metalúrgicos sindicalizados de 39 fábricas vão às urnas para definir seus representantes no local de trabalho. Também os aposentados metalúrgicos vão escolher seu comitê sindical. No total serão eleitos 40 comitês sindicais (CSE), que, juntos, são compostos por 103 integrantes.
Em março, a eleição será estendida para centenas de fábricas e todos os metalúrgicos associados terão direito a voto. Na etapa de março (segundo turno), a parcela sindicalizada da categoria vai escolher os membros da Direção Executiva, Conselho da Diretoria, Conselho Fiscal e suplentes, que vão tocar o dia-a-dia do SMetal e as lutas sindicais pelos próximos três anos.
Os metalúrgicos com mais tempo de categoria já passaram por eleições nesse formato inovador e dinâmico adotado pelo SMetal em 2002. Os mais novos, no entanto, podem achar o processo um pouco complicado a princípio. Mas, informando-se, com certeza eles vão entender esse modelo eleitoral e reconhecer seus benefícios para o fortalecimento da unidade da categoria.
Os candidatos a CSEs estão distribuindo jornais e panfletos contendo suas propostas. Sugerimos aos metalúrgicos que leiam atentamente esses materiais para praticar o voto consciente e, também, para poder cobrar das chapas os compromissos que estão assumindo perante seus companheiros de fábrica, de categoria e de classe trabalhadora.
Recomendamos que, mesmo nas fábricas onde não haverá eleição de comitê, os metalúrgicos acompanhem com interesse o primeiro turno. Pois vários eleitos nessa fase vão se candidatar a cargos de Direção em março. Além disso, todos os eleitos em fevereiro vão compor a Direção Plena do SMetal.
O fortalecimento da representação dos trabalhadores é de extrema importância para resistir aos graves obstáculos e ameaças que rondam a vida dos assalariados, na fábrica e na sociedade.
Vivemos tempos atípicos, com altas doses de ódio, intolerância e conservadorismo impregnando corações e mentes. Temos um governo federal ilegítimo que tenta colocar em prática medidas represadas durante anos de conspiração da direita. Medidas que pretendem reduzir ou eliminar direitos sociais, trabalhistas e previdenciários da maioria da população.
Vivemos num período em que as mídias de maior alcance, cúmplices da degradação atual, tentam embalar e vender as medidas contra os trabalhadores como se fossem um presente para os assalariados e pequenos empreendedores, quando na verdade representam um prejuízo que, se concretizado, demorará décadas para recuperar.
Claro que no âmbito local não podemos solucionar todos os problemas de alcance nacional, mas podemos fazer a nossa parte para reverter esse quadro geral, bem como podemos, juntos, minimizar o impacto dessas ameaças no cenário local.
Para isso, o voto nas eleições sindicais é um passo indispensável. Não existe categoria forte sem Sindicato forte. A categoria metalúrgica é uma das mais fortes do país. E o seu voto pode mantê-la assim e fortalecê-la ainda mais, em benefício dos seus diretos individuais e coletivos tão duramente conquistados.