A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região lamenta profundamente a morte da ex-primeira dama Marisa Letícia, 66 anos, ocorrida nesta quinta-feira, dia 2, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que a vitimou 10 dias atrás.
Os votos da direção sindical são de que a fé ajude o ex-presidente Lula e seus filhos superarem este momento de imensa dor. Que essa mesma fé seja capaz de manter sempre em evidência, no coração dos familiares, as boas lembranças da convivência com a mulher de fibra, solidária e agregadora que foi a Dona Marisa.
De origem humilde, filha de agricultores, Marisa Letícia sempre foi reconhecida pela simplicidade em sua conduta mesmo sendo casada com uma das principais lideranças políticas e sociais do Brasil das últimas décadas.
Ela foi casada com Luiz Inácio Lula da Silva por 43 anos e deixa, além do marido, os filhos Marcos, adotado por Lula; Fábio, Sandro e Luís Cláudio do casamento com o ex-presidente; e a enteada Lurian (filha de Lula de um relacionamento anterior à Dona Marisa).
Ponto de equilíbrio
Marisa foi o ponto de equilíbrio de um presidente massacrado pela “grande” mídia, pelo aparato da direita e por almas doentes do mundo virtual. Foi a companheira de um líder que teve sua família perseguida e alvejada por denúncias sem escrúpulos e nunca comprovadas.
Ela foi o chão e o teto de um brasileiro que ousou lutar por igualdade de direitos entre classes socais. Foi a inspiração e a parceira de um chefe de Estado que, com o apoio dela, enfrentou e ainda enfrenta ofensas, humilhações, difamações e injúrias porque foi um operário que se atreveu a chegar ao mais alto posto de poder político do país.
Marisa foi a motivação de um presidente que deixou o cargo aclamado no Brasil e no mundo, que praticamente pôs fim ao desemprego no País, que proporcionou casa própria para milhões de brasileiros, que levou energia elétrica para milhares de famílias que viviam na escuridão, que fortaleceu a democracia e a participação social; e que abriu as portas do ensino superior para filhos e filhas de trabalhadores.
Paz negada à família
Mesmo com todos esses avanços — ou talvez por causa deles — Marisa, Lula e os filhos não tiveram um minuto sequer de paz após deixarem o Palácio do Planalto. Ainda assim, o casal conseguiu administrar e suportar com dignidade todos os tipos de invasões, insultos, agressões, coerções e ameaças promovidas por seus algozes, reais e virtuais.
Por quase duas décadas (antes, durante e depois do mandato presidencial) a família de Lula teve a vida passada, presente e futura revirada pela imprensa golpista, por todos os aparelhos investigativos oficiais existentes e por aparatos privados de espionagem. Nada de errado, indigno ou ilegal foi provado contra eles até hoje.
Dadas essas tristes razões, a direção do SMetal compartilha com Lula a sensação de que a pressão e a constante tensão levaram Dona Marisa a sofrer o dano cerebral que a levou à morte.
Em busca da humanidade
Mesmo depois de sua morte, os carrascos da família Lula da Silva não se aquietaram, não demonstram sequer civilidade e respeito, muito menos capacidade de serem solidários e fraternos como exige a condição humana na vida em sociedade.
Alguns comentários e mensagens ofensivas e abjetas na internet a respeito da morte de Dona Marisa são produtos de mentes mal informadas e doentias; mentes desequilibradas, degradadas; que dominam pessoas incontestavelmente monstruosas, incapazes de convívio social saudável e que, por isso mesmo, são perigosas para o conjunto dos brasileiros.
A mesma fé que há de emprestar forças para a família de Marisa Letícia superar a dor da perda, talvez consiga trazer à luz um resquício de humanidade a esses corações mesquinhos, mentes adulteradas e almas deturpadas, que utilizam a internet para contaminar a sociedade com suas abominações.
Enquanto o Brasil tenta se livrar do ódio, do preconceito, da intolerância e do desrespeito que essas criaturas grotescas disseminaram, que Dona Marisa descanse em paz.