Uma ação truculenta das polícias Civil e Militar resultou na invasão da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) na manhã desta sexta-feira, dia 4. A escola fica em Guararema, Região Metropolitana de São Paulo, e funciona como centro de formação, específico para moradores de assentamentos.
De acordo com informações da página do MST na internet, a ação de repressão da polícia militar contou com 10 viaturas, que chegaram ao local por volta das 9h45, pularam o portão da escola e começaram a atirar para o alto. Militantes que estão no local, recolheram os estilhaços das balas e comprovaram que se tratam de balas letais. Uma militante foi atingida pelos estilhaços da bala.
Em nota oficial, o MST exigiu atitudes do governo para tomar medidas cabíveis. “Somos um movimento que luta pela democratização do acesso à terra no país e não uma organização criminosa”.
Um vídeo gravado pela Mídia Ninja (veja abaixo) com imagens do momento em que os policiais entram na escola, sem mandado, está sendo divulgado na internet. Na gravação é possível ouvir o barulho de pelo menos três tiros durante a ação policial.
Ainda segundo relatos dos integrantes da escola, a polícia realizou prisões arbitrárias, sem mandatos de busca e apreensão.
Em repúdio ao ocorrido, os metalúrgicos da CUT de São Paulo divulgaram nota em solidariedade aos integrantes do MST. “Lutar por direitos, por uma vida digna, por emprego e por terra não é crime! A criminalização dos movimentos sociais não pode continuar”, afirma Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, presidente da FEM-CUT/SP.
A ENFF
Criada em 2005, a escola oferece cursos formais e informais para produção, comercio e gestão dos acampamentos e assentamentos do movimento dos trabalhadores rurais sem terra.
Veja o momento da invasão