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Manifestação

Artistas protestam contra cancelamento da Semana do Hip Hop

Pessoas ligadas ao movimento das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) de Sorocaba também realizaram um ato no mesmo local para denunciar casos de LGBTfobia

Imprensa SMetal
Vagner Santos / SMetal

Ato reuniu cerca de 50 pessoas na Praça Coronel Fernando Prestes, no centro

Cerca de 50 pessoas participaram na manhã de sábado, dia 29, na Praça Coronel Fernando Prestes, de um protesto contra o cancelamento da Semana do Hip Hop. A Semana da Consciência Negra e a Feira Crespa também foram afetadas pelos cortes promovidos pela prefeitura, através da Secretaria de Cultura.

O ato, que foi organizado pelo Fórum Municipal de Hip Hop, contou com a participação de várias pessoas ligadas à cultura na cidade, como a escola de samba Estrela da Vila, roda de capoeira, grafiteiros e cantores de rap.

De acordo com o militante cultural e rapper Marcio Brown, a Semana do Hip Hop deveria acontecer de 12 a 20 de novembro. “Estamos aqui para comunicar ao povo sorocabano que a prefeitura descumpriu a lei 7.359/05, que institui a Semana do Hip Hop. E, além disso, se recusa a dar explicação sobre o assunto”, explica Brown.

Para Milton Expedido, cantor de rap no grupo Ato Favela, o poder executivo falta com o respeito, não só com os envolvidos na organização do evento, mas também com toda a população de Sorocaba. “A Prefeitura chamou as lideranças do Fórum e pediu para que fosse feito todo o orçamento do evento. Assim foi feito e, chegou na hora de executar, ela simplesmente se negou a fazer, é muita falta de respeito”.

Movimento LGBT
Outra manifestação aconteceu no mesmo horário, também na Praça Coronel Fernando Prestes. Pessoas ligadas ao movimento das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) de Sorocaba realizaram um ato para denunciar casos de LGBTfobia.

Entre eles, a morte de uma mulher trans, em 13 de outubro, encontrada assassinada com sinais de violência e o caso de quatro jovens agredidos por Guarda Municipais, no Terminal Santo Antônio, no dia 16. Eles acusam os GCM’s de homofobia.

A comunidade organizada LGBT de Sorocaba lançou uma carta de repúdio à LGBT fobia por parte da Guarda Civil Municipal, da mídia local e da gestão do PSDB na cidade. No documento, além de citar os dois casos de violência na cidade, a comunidade critica a GCM e na mídia local, assim como a ausência de políticas públicas voltadas à população LGBT pelos governos do PSDB. A carta afirma ainda que os grupos de militância que combatem a LGBTfobia estão em busca de justiça

“Nosso objetivo aqui é protestarmos contra homofobia e a violência que têm aumentado contra as LGBT’s. Recentemente tivemos um caso de homofobia com agressão aqui na cidade, no qual quatro homossexuais foram agredidos por policiais dentro de terminal Santo Antônio, nosso movimento repudia qualquer tipo de violência”, afirma Luciana Kubo, presidente da comissão de diversidade e de gênero da OAB de Sorocaba.

Artistas protestam contra cancelamento da Semana do Hip Hop

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