Apesar do endurecimento do setor patronal, além dos acordos da FEM com o G2 e Estamparia, o SMetal garantiu o reajuste para metalúrgicos de empresas dos demais grupos. Até o momento mais de 20 mil trabalhadores foram contemplados, o que representa cerca de 53% do total da categoria. Em todas as propostas aprovadas, foram garantidas o INPC integral de 9,62%.
Para o secretário-geral da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT), Adilson Faustino, o Carpinha, é preciso levar em consideração o atual momento político do país. “A discussão vai além de repor as perdas econômicas, a discussão é sobre a perda dos nossos direitos”.
O dirigente explicou que, com o governo golpista de Temer, o setor patronal se aproveita para tentar emplacar a retirada de direitos do trabalhador. “Vieram em todas as mesas de negociação tentando mudar alguma cláusula que traz benefício para os companheiros no local de trabalho, especialmente na cláusula mais importante da convenção coletiva: a garantia de estabilidade no emprego para vítima de acidente de trabalho ou doença ocupacional”.
Carpinha pede ainda por mobilização dos trabalhadores da categoria. “Muitas empresas ainda não iniciaram negociação e é importante que os metalúrgicos busquem o SMetal para que lutemos juntos por um reajuste justo e nenhum direito a menos”.