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Campanha Salarial

Metalúrgicos da FEM-CUT aprovam estado de greve

Para pressionar os patrões a apresentarem propostas de reajuste salarial que atendam às reivindicações dos metalúrgicos, os Sindicatos da categoria aprovaram estado de greve

Imprensa SMetal
Edu Guimarães/SMABC

O estado de greve foi aprovado durante reunião com a diretoria da Federação Estadual dos Metalúrgicos nesta quarta-feira, dia 28

Para pressionar os patrões a apresentarem propostas de reajuste salarial que atendam às reivindicações dos metalúrgicos, os Sindicatos da categoria aprovaram estado de greve. Os representantes dos trabalhadores deram ainda o prazo de até sexta-feira, dia 7, quando realizarão nova discussão sobre os rumos da Campanha Salarial, para os grupos patronais apresentarem outras propostas econômicas.

A decisão foi tomada em reunião ampliada com a diretoria da Federação Estadual da categoria (FEM-CUT/SP) na quarta-feira, dia 28.

De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, a expectativa inicial é que haja acordos “guarda-chuvas”, celebrados entre a FEM e os grupos patronais.

“Mas se os patrões continuarem resistindo, vamos ampliar as mobilizações e realizar paralisações. Não mediremos esforços para garantir o que é de direito da categoria e não abriremos mão de que os trabalhadores reponham as suas perdas”, enfatizou.

O presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, divulgou nota após decisão, orientando os sindicatos a intensificarem as mobilizações nas fábricas. “A nossa resposta deve ser a altura das provocações. Sabemos que só com muita luta podemos reverter este cenário”, afirmou.

Para desemperrar as questões econômicas, as discussões das cláusulas sociais estão suspensas. A data-base da categoria é setembro e o tema da Campanha deste ano é “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”.

Avisos de greve

Durante a semana, a Federação dos Metalúrgicos entregou avisos de greve aos grupos patronais 3, 8 e 10. A única bancada a aumentar a proposta foi o G8, que inicialmente propôs congelar os salários em três anos, mas na quarta-feira, dia 28, indicou reajuste de 6%. Os demais grupos mantiveram as propostas anteriores e todas foram rejeitadas. Caso não haja novos índices de reajuste até segunda-feira, dia 3, também serão entregues avisos de greve. (veja abaixo).

Últimas propostas dos patrões:

G2 (máquinas e eletrônicos)
Reajuste de 9,62%, em três vezes (setembro, dezembro e maio)

G3 (autopeças, forjaria, parafusos)
Reajuste de 7%. Foi entregue aviso de greve no dia 28 de setembro.

G8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários e rodoviários)
Reajuste de 6%. Foi entregue aviso de greve no dia 26 de setembro.

G10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação e material bélico)
Não apresentou nenhuma proposta de reajuste. Foi entregue aviso de greve no dia 26 de setembro.

Estamparia
Reajuste de 9%, em duas vezes (5% em setembro e 4% em janeiro).

Fundição
Reajuste de 9% somente para janeiro.

SMetal e FEM se reúnem com empresas para desemperrar negociações

Na segunda-feira, dia 26, diretores do SMetal e da FEM-CUT/SP se reuniram com representantes das 50 principais empresas metalúrgicas de Sorocaba e região a fim de desemperrar as negociações da Campanha Salarial.

O objetivo do encontro foi que as empresas pressionem seus sindicatos a apresentarem propostas que contemplem às reivindicações dos trabalhadores. Os diretores do SMetal e da FEM falaram ainda da importância de avançar nas negociações por grupos e não por empresas.

“Nós mostramos a eles como estão as negociações, para que eles cobrem dos sindicatos patronais uma proposta digna, que agrade os trabalhadores, e consigamos chegar a um entendimento, que é melhor para todo mundo”, afirmou Luizão.

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