O desfecho final do processo de impeachment da presidente Dilma era o esperado. Toda a orquestração do golpe, que se deu via apoio empresarial, jurídico e midiático teve sucesso total.
Inclusive, com o apoio de boa parte da população que assimilou o discurso construído de ódio ao Partido dos Trabalhadores e aos seus líderes. Factóides, notícias fabricadas dia após dia e veiculadas em grande proporção dão a dimensão da força das elites quando querem derrubar um projeto voltado para o social, para os menos favorecidos.
Num país com tantas contradições a propaganda do impeachment funcionou tão bem quanto às ações de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista de Hitler.
Revisitado, o golpe foi dado sem militares. Desta vez, só os civis bastaram. Depuseram um governo eleito pelo povo, que não cometeu crime de responsabilidade, conforme ficou provado. A imprensa internacional repercutiu o golpe, assim chamado. Lideranças internacionais não aceitam o governo ilegítimo de Temer.
Mas a grande imprensa brasileira tem seu lado e seu favoritismo pelas trocas de favores. Afinal, os veículos de comunicação também são empresas.
O que sobra de lição, de dever de casa para os trabalhadores? Refletir sobre todo esse processo, estudá-lo e continuar na luta sempre.
Os trabalhadores já estão sendo convocados para novas perícias no INSS para que os benefícios sejam cortados; alguns pontos da Reforma da Previdência já foram sinalizados, como o aumento da dificuldade para se aposentar; o Sistema Único de Saúde já está sendo ameaçado para beneficiar os planos privados.
Temer também anunciou nesta semana de votação do impeachment a Reforma Trabalhista. Ele pretende precarizar ainda mais os contratos temporários. E aquele malfadado projeto de ampliação da terceirização está pronto para ser votado a qualquer momento.
Isso tudo compõe o projeto de Fiesp-Paulo Skaf/Temer/Serra/Grande Mídia em relação ao povo brasileiro. Deixar os trabalhadores cada vez mais dependentes e indefesos, implorando por trabalho, implorando por migalhas de direitos.
Enquanto os trabalhadores ficarem assim, na condição de submissos, a Casa Grande faz o que bem entender, vende o patrimônio nacional e lucra mais e mais e mais e mais.
Mas nós, do movimento sindical, acreditamos no poder popular, na resistência de um povo. Há diversos militantes de um Brasil mais justo. Há o Levante Popular, há os jovens secundaristas, há os movimentos da cidade e os rurais. Nunca iremos nos calar!
Acreditamos no reacendimento das massas, acreditamos que se manifestar é legítimo. Lutar pelo nosso país e por um futuro com direitos é possível! Aos ladrões da democracia fica o testemunho da História.