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Editorial

Os ratos querem roer nossos direitos

Os ratos correm pelo Planalto para se apossar do poder e usurpar suas presas, o povo brasileiro. Enquanto isso, trabalhadores acidentados, lesionados podem perder benefícios e garantias da Previdência

Imprensa SMetal
Divulgação

Os ratos correm pelo Planalto para se apossar do poder e usurpar suas presas, o povo brasileiro. Enquanto isso, trabalhadores acidentados e lesionados que tiveram suas vidas abaladas por alguma mutilação ou doenças relacionadas à rotina de trabalho podem perder benefícios e garantias da Previdência Social.

A grande mídia fala do processo de impeachment, enquanto o governo golpista de Temer (PMDB) elabora projeto, junto com os empresários e industriais, para uma Reforma Trabalhista que libere condições análogas ao trabalho escravo, como defende seu partido no documento aberto “Ponte para o Futuro”.

A terceirização ampla e irrestrita, até em atividade-fim, também é uma das “meninas dos olhos” da composição do governo interino que tem Paulo Skaf (PMDB), presidente da Fiesp como um dos fiéis apoiadores.

Nesta quinta-feira, dia 25, começará a votação do impeachment no Senado Federal. O argumento para os que defenderam o afastamento de Dilma Rousseff foi ser um governo gastador e corrupto. Dilma não cometeu crime para sofrer impeachment, o que foi explicitado por juristas nacionais e internacionais. Mas o que está por trás desse discurso é a simples tomada de poder para colocar em ação um projeto elitista que defende interesses empresariais e econômicos.

O próprio Michel Temer (PMDB) não pode se eleger por oito anos por crime eleitoral. Toda a composição de seu governo interino é feita por políticos envolvidos em corrupção, desvios de verba e outros crimes. Como então eles conquistariam o poder se não fosse por meio de golpe?

A grande mídia e uma parte do judiciário são apoiadores desse golpe que quer depor um governo eleito pelo povo e que investiu em Mais Médicos para o Brasil, em financiamento estudantil, na facilitação para se obter a casa própria e no Sistema Único de Saúde.

Todos esses avanços e direitos trabalhistas estão em risco de se esfacelarem em espaço curto de tempo caso os oportunistas consigam consolidar o impeachment.

Nós, da classe trabalhadora, precisamos nos mobilizar urgentemente e prestar atenção em cada voto dos senadores nesse processo. O que querem para o Brasil? De que lado se posicionam? Nós, do movimento sindical, estamos em luta para defender nossos direitos conquistados a sangue e muito suor durante o curto período de vigência do sistema democrático.

Passamos pela ditadura civil-militar que durou mais de 20anos, com consequências terríveis para os lutadores do povo, para o projeto de nação e não vamos permitir que nossa classe desanime de um Brasil justo. Que cada trabalhador e trabalhadora tenham o direito a uma vida digna!

Somos pela democracia, pelos direitos trabalhistas! Não ao golpe e ao retrocesso!

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