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Coleta seletiva

Hamilton cobra remuneração a catadores de recicláveis

Cobrança foi feita durante o lançamento da Fase V do Projeto Cata-Vida

Imprensa Hamilton Pereira
Foguinho/Imprensa Smetal
Lançamento aconteceu na manhã da última terça, 19, no Teatro Municipal de Sorocaba

Lançamento aconteceu na manhã da última terça, 19, no Teatro Municipal de Sorocaba

Durante o lançamento da Fase V do Projeto Cata-Vida (Rede Solidária das Cooperativas de Reciclagem), na manhã desta terça-feira (19/10) em Sorocaba, o deputado estadual Hamilton Pereira (PT) cobrou que os catadores de recicláveis sejam remunerados pelo Poder Público. A cobrança do parlamentar vem ao encontro do Projeto de Lei do vereador sorocabano Izidio de Brito Correia, que propõe a remuneração dos catadores no mesmo patamar em que são remuneradas as empresas de coleta de lixo.

“Os catadores dão uma contribuição enorme ao meio ambiente e ao Poder Público pelo volume de materiais que evita que sejam enviados ao aterro, expandindo sua vida útil”, salientou Hamilton. O deputado também destacou a qualidade do trabalho do Ceadec (Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento, Emprego e Cidadania), que iniciou com a organização das cooperativas em 2001.

“Trata-se de um trabalho completo que vai desde a composição das cooperativas até a transformação dos catadores em cidadãos, gestores desse trabalho”, afirmou o deputado. Sua observação correspondeu ao testemunho do coordenador da Rede, o catador Izaias, que saiu do Aterro de Votorantim após muita insistência do Ceadec e da Prefeitura. “Hoje tenho documentos, conta em banco, aprendi a mexer em computador e coordeno a venda dos materiais coletados pela Rede”, afirmou Izaías na abertura do evento.

A Rede Cata-Vida engloba as cooperativas de reciclagem de Sorocaba, Salto de Pirapora, Capão Bonito, Alumínio, Pilar do Sul, São Miguel Arcanjo, Piedade, Itararé e Itapetininga. Surgiu em 2003 a partir da parceria com a Petrobrás através do Programa “Petrobrás, Desenvolvimento e Cidadania”. Segundo o gestor de Projetos da Estatal, Alcides Amadeu, a empresa terá investido, até 2014, R$1 bilhão em projetos de geração de emprego e renda. “E ontem lançamos mais um programa que deverá investir R$260 milhões em programas esportivos”, anunciou.

A primeira fase do Projeto garantiu infraestrutura às cinco cooperativas que inicialmente compunham a Rede Cata-Vida. A segunda fase tratou da humanização da coleta, acabando com a tração humana e garantindo melhores condições de trabalho aos catadores. Em sua terceira fase, o projeto alcançou a verticalização, chegando em sua quarta fase ao beneficiamento dos materiais, com agregação de valor.

A Fase V do Projeto viabilizará o processamento de polímeros PP e PE (como tubos de xampu) para posterior fabricação de tubos de esgoto. “A verticalização foi nosso primeiro objetivo”, explicou Rita de Cássia Gonçalves Vianna, presidente do Ceadec. “Mas não basta melhorarmos a renda dos trabalhadores, queremos cidadania, queremos o reconhecimento dos catadores enquanto prestadores de serviços públicos”, completou.

Durante o lançamento da nova fase do Projeto, um termo de concessão de uso da área da rua Chile, ocupada pela Cooperativa de Catadores de Recicláveis, foi assinado pelo representante da Prefeitura de Sorocaba e pelo presidente da Cooperativa.

A parceria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, assim como dos trabalhadores na Indústria do Vestuário, foi destacado pelo vereador Izidio que também afirmou que a Câmara Municipal de Sorocaba sempre estará do lado dos projetos que defendam os interesses dos catadores.

Hamilton também elogiou o trabalho de Carlos Roberto De Gáspari, fundador do Ceadec.

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