O Encontro foi realizado na sede da CNM/CUT, em São Bernardo do Campo
Na sexta-feira, dia 15, foi realizado o primeiro Encontro Nacional de Rede Sindical dos Metalúrgicos na Toyota. A atividade aconteceu na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), em São Bernardo do Campo (SP), e foi a primeira oportunidade para a troca de experiências sobre a atuação sindical entre trabalhadores nas plantas brasileiras da multinacional.
Participaram do encontro metalúrgicos da montadora nas plantas de Porto Feliz, de São Bernardo do Campo e Sorocaba, todas em São Paulo.
Para o secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Valter Sanches, que acompanhou o encontro, a rede surgiu a partir da necessidade dos trabalhadores na montadora em se organizar no país.
“A Confederação coordena 19 redes sindicais. O trabalho de redes é para buscar a solidariedade entre os trabalhadores que atuam na mesma empresa em diferentes partes do país e do mundo. E principalmente uma ferramenta para combater a precarização do trabalho”, disse. “O maior desafio deles é que a Rede seja reconhecida pela empresa e posteriormente possa ser mundial”, completou.
Segundo o coordenador da rede, Roberto Hatadani, trabalhador na montadora de Sorocaba, a comunicação entre os metalúrgicos foi fundamental para conquistas sociais e para o fortalecimento do movimento sindical dentro da unidade da empresa naquela cidade. “Conseguimos avançar em questões importantes para o dia a dia. Por exemplo, em relação aos afastamentos para os dirigentes sindicais e em melhorias para as eleições da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)”, contou Hatadani.
Segundo o representante do Comitê Sindical de Empresa (CSE) na Toyota de São Bernardo do Campo, Thiago dos Santos Oliveira, a mão de obra na montadora é formada majoritariamente por jovens e a pauta precisa ser renovada por conta deste novo perfil de trabalhadores. “A juventude tem outra linguagem e objetivos no trabalho. Nós, jovens, nos preocupamos com a saúde no local de trabalho e acreditamos que as cláusulas sociais sejam tão importantes quanto a questão financeira”, afirmou.
A Toyota está presente em 160 países e possui unidades de produção em 28 países. No mundo, a empresa emprega mais de 325 mil trabalhadores e é líder no segmento de sedãs.
