Nos últimos seis anos 29 milhões de brasileiros ascenderam à nova classe, que chega agora a 94,9 milhões de pessoas, 50,5% da população brasileira. Os números são da pesquisa A Nova Classe Média: O Lado Brilhante dos Pobres, divulgada nesta sexta (10) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O estudo, que compreende entre 2003 a 2009, aponta, também, que o número de brasileiros que compõem a nova classe média, cuja renda varia de R$ 1.126 a R$ 4.854, chegou a 94,9 milhões de pessoas e ultrapassou pela primeira vez os 50% da população.
A divulgação revelou, ainda, que a nova classe média concentra a maior parte do poder de compra dos brasileiros. De acordo com os dados, do ponto de vista econômico, a classe média detinha em 2009, data do fechamento do estudo, 46,24% do poder de compra dos brasileiros.
Este percentual é superior ao poder econômico das classes A e B, que detinham 44,12% no ano passado, e das demais classes sociais (D e E), que detinham 9,65%.
Na política
Os dados revelam, do ponto de vista político, que a classe média brasileira poderia, se fosse homogênea, decidir uma eleição. Isso porque os 94,9 milhões de brasileiros que a compõem correspondem a 50,5% da população. Em 2008 representava 49,22%.
“A classe média sozinha poderia decidir uma eleição, se ela fosse homogênea”, diz o responsável pelo estudo, Marcelo Neri.
A classe A, por sua vez, passou de uma representatividade de 5,09% para 5,1%, enquanto a B foi de 5,32% para 5,51%, a D foi de 24,35% para 23,62% e a E foi de 16,02% para 15,32%.