O presidente do sindicato, Romeu Martins, coloca em votação proposta histórica de aumento salarial
Nessa quinta-feira, dia 9, os trabalhadores dos Grupos 3 (Autopeças) e 8 (Laminação, trefilação entre outros) aprovaram em assembleia realizada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba a contraproposta da bancada patronal de aumento salarial de 9% (INPC + 4,5% de aumento real).
Para o presidente do sindicato, Antonio Romeu Martins, o índice representa uma conquista para categoria. “Nunca tivemos um reajuste como esse, no qual o aumento real chega a ser maior do que a inflação, que até o momento está projetada em 4,3%. Sem dúvida, é uma conquista histórica para a classe metalúrgica. Parabéns a todos os trabalhadores que se mobilizaram para que isso se tornasse realidade. Sem luta, não há conquista”, ressaltou.
Os novos índices e a ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias (conquistadas até agora na bancada do G3) farão parte da nova Convenção Coletiva de Trabalho (2010-2011) que será assinada entre a Federação dos Sindicatos Metalúrgicos do Estado de São Paulo (FEM-CUT) e as bancadas patronais.
Os Grupos 3 e 8 englobam 53 fábricas de Pinda e mais de 10 mil trabalhadores. Os novos reajustes tanto nos salários como nos pisos entrarão em vigor a partir deste mês e serão pagos retroativos à data-base da categoria, que é 1º de setembro.
Pisos e Tetos
Tetos salariais – No Grupo 3 o aumento salarial será pago até o teto salarial de R$ 5.300,00 e acima deste valor será incorporado nos salários o valor fixo de R$ 477. No Grupo 8 o teto salarial é de R$ 4.950, e acima deste valor será incorporado ao salário o valor fixo de R$ 445,50.
Pisos salariais – No Grupo 3, os pisos terão os seguintes reajustes: 15% para as empresas com até 100 empregados, que passará de R$ 787 para R$ 905; e 12,36% para as fábricas com mais de 100 trabalhadores, que subirá de R$ 980 para R$ 1.103. Também foi negociada a criação de uma nova categoria para as fábricas até 75 empregados e acima deste número.
No Grupo 8 os pisos salariais tiveram reajustes de 9,95% (para as empresas com até 50 empregados – que passará de R$ 764 para 840); 10% (para as empresas de 51 a 500 empregados – que subirá R$ 810 para R$ 891) e 9,95% (para as empresas acima de 500 trabalhadores – que passará de R$ 894 para R$ 983).
