Na presença de diretores da Toyota e autoridades federais, estaduais e municipais foi lançada, no final da manhã desta quarta, dia 8, a pedra fundamental da Toyota em Sorocaba. A primeira montadora de veículos instalada em Sorocaba deverá produzir 70 mil veículos por ano a partir de 2012 e gerar 1.500 empregos diretos e 5 mil indiretos.
O diretor do Ministério do Desenvolvimento, Paulo Bedran, usou seu discurso para comentar as perspectivas de crescimento do setor automotivo e da economia. O representante do governo Lula trouxe boas notícias para o ramo metalúrgico. Ele afirmou que o Brasil deve fabricar perto de 3,4 milhões de veículos em 2010, tornando-se o quarto produtor no ranking mundial.
Segundo Bedran, até 2015 as montadoras brasileiras devem estar produzindo 6 milhões de veículos/ano.
Mais do que o representante do governo federal, foram os japoneses que elogiaram a economia brasilera. Em seus discursos, o vice presidente mundial da Toyota, Atsumi Niimi, e o presidente da empresa para o Mercosul, Shozo Hasebe; destacaram o ótimo momento econômico que o Brasil vem vivendo nos últimos anos.
Em síntese, os executivos da Toyota disseram que foi acertada a estratégia do governo federal de alicerçar a economia no consumo interno e que a nossa estabilidade econômica é reconhecida internacionalmente.
Os diretores da Toyota também comentaram que a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil, respectivamente em 2014 e 2016, dará mais um impulso à economia e à imagem do País.
Já o governador Alberto Goldman recitou uma cartilha neoliberal típica dos tempos do presidente FHC. Para ele, investimentos como a Toyota não devem ser apoiados por bancos estatais, como o BNDES (federal). A iniciativa privada deve ser a única responsável por injetar recursos para o desenvolvimento.
Mas o governo do PSDB, nem se quisesse, poderia acionar bancos estatais. Os tucanos venderam o Banespa para o grupo espanhol Santander e a Nossa Caixa para o Banco do Brasil.
Ficou claro que, para Goldman, substituto de Serra e cabo eleitoral de Alckmin, o Capital é que deve ditar as regras econômicas. Ao Estado cabe prestar serviços básicos de péssima qualidade e construir pedágios.
A conclusão é que, se o PSDB estivesse no comando do País em 2009, o Brasil não seria o último a sentir os efeitos da crise mundial e nem seria o primeiro a superá-la.