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Prefeitura confirma extinção do ensino médio municipal em Sorocaba

Prefeitura de Sorocaba aproveita o momento das ocupações das escolas estaduais para acabar com o Ensino Médio na rede municipal já a partir de 2016

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

A escola Getúlio Vargas é uma das quatro instituições que não vão mais aceitar matrículas para o primeiro ano do Ensino Médio na rede municipal

A partir do ano que vem quatro escolas tradicionais da cidade não vão mais aceitar matrículas para o primeiro ano do Ensino Médio na rede municipal de ensino. São elas: Getúlio Vargas (Santa Terezinha); Leonor Pinto Thomaz (Centro); Achilles de Almeida (Vila Hortência) e Professor Flávio de Souza Nogueira (Vila Progresso).

Os pais e alunos do final do ciclo fundamental 2 (do 6º a 9º ano), da escola Getúlio Vargas, receberam bilhetes da Secretaria Municipal de Educação, nessa quinta-feira, dia 26, indicando a transferência para a escola estadual Antônio Padilha para o ano que vem.

Segundo o pai de um aluno do último ano do ciclo fundamental 2, a diretoria da escola comunicou que os alunos podem tentar transferência também para a escola estadual Professor Genésio Machado, na Vila Santana, mas ela só oferece turmas de ensino médio à noite.

Conforme a Secretaria Estadual de Educação as transferências que, geralmente, são feitas em janeiro, já podem começar a ser feitas, devido à reestruturação de Geraldo Alckmin (PSDB).

“O secretário municipal Flaviano Agostinho de Lima fez reunião com os professores no dia 23 de outubro e colocou a questão de acabar com o fundamental 2 e Ensino Médio na rede e nós nos posicionamos contra essa proposta. Ele ficou de marcar outra reunião, mas no dia 23 deste mês apenas enviou um email comunicando a decisão autoritária, que ao contrário do que ele diz, não foi compartilhada”, desabafa uma professora da escola Getúlio Vargas.

De cima pra baixo e na última hora

Os professores que dão aulas no Ensino Médio na rede municipal só saberão em reunião no dia 7 sobre o futuro da grade de aulas (e de salários deles).

Professores, pais e alunos estão revoltados com a medida que, de última hora, mudará a vida de toda a comunidade escolar.

No caso da escola Padilha, uma das duas indicadas para atender alunos do Getúlio Vargas, haverá salas apenas para o período da tarde. Alguns alunos que estudam à noite o Ensino Médio já trabalham e terão dificuldades para se adaptar ao novo horário de aula.

Na escola Genésio Machado, o problema é inverso. Alunos que estudam de manhã do Getúlio terão adaptar seus horários e dos pais para estudar no período noturno.

Todas essas mudanças foram anunciadas agora, no final de novembro, para serem adotadas, sem discussão, no início de 2016.

Para Marcos Boi, músico e pai de uma aluna de 7 anos, da municipal Getúlio Vargas, “essa decisão anunciada de última hora, sem considerar a posição da comunidade escolar, é oportunista e autoritária”. Boi tem acompanhado de perto as discussões da reestruturação estadual e a recente iniciativa do município de não querer mais atender o ciclo fundamental 2 e Ensino Médio.

Quanto ao ciclo fundamental, a Justiça obrigou o município a continuar a atender para cumprir a Legislação de Diretrizes e Bases. Antes a administração municipal ameaçava a transferir para o estado também o ciclo fundamental 2.

Clique aqui e confira o comunicado oficial enviado por e-mail aos professores (SEDU/GS nº 055/2015), no qual o secretário municipal de educação, Flaviano Agostinho, diz que “deixará de atender progressivamente o Ensino Médio na rede de ensino municipal, dando início em 2016”.

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