O projeto do governo prevê o fechamento de 93 escolas no estado
Alunos de escolas estaduais em Sorocaba interditaram a avenida Itavuvu na manhã desta terça-feira, dia 17, em protesto à reorganização do ensino público proposta pelo governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que resultará no fechamento de cinco escolas da cidade.
A manifestação começou por volta das 7h com a participação de 200 pessoas. Às 8h30, os manifestantes interditaram a entrada e saída de ônibus na área de transferência da avenida Itavuvu, em frente ao Shopping Cidade, na zona norte. Depois eles seguiram em passeata pela avenida sentido à região central, encerrando a manifestação em frente à escola estadual João Clímaco de Camargo Pires, no Jardim Alvorada.
Segundo o Levante Popular da Juventude, que organizou o ato, às 10h o protesto contava com a participação de cerca de 400 pessoas, entre pais e alunos.
Érick Rodrigues de Lima, membro do Levante Popular e aluno do 2ª ano do ensino médio da escola Professora Beatriz Caixeiro Del Cistia, explicou que o ato foi promovido para “dar um aviso ao Geraldo Alckmin que o interior está unido e disposto a fazer mudança, fazer revolução”.
“Conversamos com a galera de outras escolas e eles toparam na hora, porque todos nós estamos sofrendo com esse transtorno da reorganização”, criticou o estudante.
Desde a semana passada, alunos, professores e pais vêm realizando manifestações e ocupações a escolas de diversas cidades do estado São Paulo contra a reorganização da rede estadual. O projeto do governo prevê o fechamento de 93 escolas no estado.
Participaram do protesto em Sorocaba alunos das escolas: João Rodrigues Bueno, Professor Jorge Madureira, Hélio Del Cistia, Professor Lauro Sanches e Professora Beatriz Caixeiro Del Cistia.
Nova manifestação
Segundo Érick, um novo protesto será realizado na quinta-feira, dia 19, às 7h30. “Iremos nos reunir em frente ao Sucão, perto do Mc Donald’s, na Avenida Itavuvu, e seguiremos em direção à prefeitura para passar ao prefeito a nossa insatisfação”, explica.
Na manhã de hoje, policiais militares e guardas civis municipais acompanham a manifestação sem intervir. Agentes de trânsito ajudaram a orientar motoristas durante a ocupação das vias.
