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Editorial

Sem água e agora sem ensino, governador?

Agora é hora de protestar e se mobilizar contra a medida de Alckmin que integra um governo que dá continuidade ao boicote à rede pública de ensino. A quem interessa o fechamento de escolas estaduais ?

Imprensa SMetal
Divulgação

Conforme informações apuradas pela imprensa SMetal pelo menos 12 escolas estaduais em Sorocaba serão fechadas se a reestruturação da rede estadual de ensino for efetivada.

A diretoria de ensino de Sorocaba ainda não divulgou esse número, pois – assim como outros municípios – tem até novembro para entregar à Secretaria Estadual de Educação o plano de como ficará a situação de milhares de estudantes que dependem do ensino público.

Ou seja, mais escolas podem ser fechadas. Além disso, o governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB) continuará fechando classes noturnas do ensino médio.

O debate está latente na sociedade e tanto o sindicato dos professores (Apeoesp) quanto os alunos e pais estão se mobilizando em São Paulo, Sorocaba e outras cidades para protestar contra essa reestruturação que integra o
Plano Estadual de Educação. Esse plano tem validade para 10 anos e ainda não foi aprovado, está na Assembleia Legislativa, na Capital, para votação!

Agora é hora de protestar e se mobilizar contra essa medida de Alckmin que integra um governo que dá continuidade ao boicote à rede pública de ensino. A quem interessa o fechamento de escolas estaduais? O município de Sorocaba, por exemplo, vai assumir os estudantes que não terão mais classes no período noturno?
Será que a sociedade terá todas essas e muitas outras respostas? A imprensa conhece bem o governador do Estado. Sabe bem que ele não trata ninguém com educação.

Não liga para professor, não presta contas à ninguém. Tanto que decreta sigilo para os documentos que tratam do escândalo do Metrô da capital e da Sabesp (que dá prêmio para ele).

Essa postura ditatorial do governador coloca policiais e cavalaria em cima da sociedade que luta para preservar os direitos. Mesmo assim, a voz da população ecoa alto e se faz ser ouvida. Nós apoiamos a luta dos professores e
de todos os interessados em uma educação pública digna!

Os únicos que devem estar aplaudindo essa reestruturação no ensino estadual devem ser os proprietários de escolas particulares que esperam a pá de cal em cima do ensino público para ganharem mais espaço (e lucros) ainda.

Qual será a resposta da secretaria municipal da educação? Será que o prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) está feliz em saber que precisará investir no ensino médio, mesmo não sendo obrigação do município? Alckmin e Pannunzio são do mesmo partido. Mas pelo menos em relação à verba para a saúde eles não se entendem. E agora, com esse problema na educação?

É preciso crescer na conscientização política e entender qual é o papel de cada um e reivindicar. Uma sociedade melhor e mais digna depende dos nossos passos e das nossas vozes. Confira mais clique aqui.

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