As exportações de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus seguem em ritmo aquecido em setembro, com aumento de 28,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, com 33.502 unidades vendidas a outros países. É o que revela dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgados nesta terça-feira (06/10), em São Paulo.
De acordo com o presidente da entidade, Luiz Moan, os acordos comerciais realizados recentemente já mostram seus resultados práticos, além do câmbio favorável para as vendas externas. “O setor de caminhões tem mostrado bons resultados, com aumento de 15% nas vendas para a Argentina, 43% para a África do Sul, 144% para o México e 18% para o Chile. Esses são dados bastante importantes que devemos manter nos próximos meses”, afirmou.
Pela projeção revisada pela Anfavea, o ano deve encerrar com 375 mil unidades vendidas para fora do Brasil, o que representa alta de 12,2% em relação ao ano passado.
Emprego
O nível de emprego no setor automotivo reduziu em 0,6% no mês de setembro, em relação a agosto, o que representa 664 trabalhadores a menos nas indústrias. Já na comparação com setembro do ano passado, o setor acumula 14.142 demissões registradas, com total de 133.609 funcionários em operação.
Projeções
A Anfavea voltou a revisar para baixo as projeções do setor automotivo em 2015. Esta é a terceira alteração nos índices de produção e venda de veículos novos durante este ano. Agora, a entidade espera licenciar 2.540 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus até o final deste ano, volume 27,4% inferior ao apresentado no ano passado, quando foram vendidas 3.498 unidades. Na última revisão, realizada em junho, era esperada queda de 20,6% nas vendas.
De acordo com a nova projeção, o segmento que mais afeta os resultados é o de veículos pesados, com expectativa de diminuir em 45,4% a venda de caminhões e ônibus, passando de 165 unidades licenciadas no ano passado, para as 90 previstas até dezembro.
No caso da produção, a projeção também foi revisada para baixo pois acompanha a demanda do mercado. A expectativa é de produzir 2.418 unidades até o final do ano, quantidade 23,2% inferior em relação aos 3.146 veículos produzidos no ano passado. Até junho, a projeção era de queda de 17,8% da produção.