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Campanha Salarial

Assembleia aprova acordos no G2 e G8; e greve nos demais grupos

Reunidos em assembleia na sede do SMetal na noite de sexta-feira, dia 2, os metalúrgicos de Sorocaba e região aprovaram propostas de reajuste salarial dos grupos patronais 2 e 8 (G2 e G8)

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

Assembleia convocada nas duas edições anteriores da Folha Metalúrgica aconteceu na sede do SMetal em Sorocaba

Reunidos em assembleia na sede do SMetal na noite de sexta-feira, dia 2, os metalúrgicos de Sorocaba e região aprovaram propostas de reajuste salarial dos grupos patronais 2 e 8 (G2 e G8). As propostas repõem a inflação dos últimos 12 meses nos salários (9,88%). Porém, nas faixas salariais superiores ao piso a reposição será efetuada em duas parcelas.

Nos grupos que se recusam a repor as perdas com a inflação nos salários, as paralisações nas respectivas empresas podem começar a qualquer momento.

Com a aceitação da proposta salarial, as cláusulas sociais das Convenções Coletivas dos Grupos 2 e 8 serão renovadas, inclusive a que garante estabilidade no emprego ao trabalhador com sequelas por acidente de trabalho ou doença ocupacional.

Algumas cláusulas devem inclusive trazer avanços para o trabalhador. A redação dos acordos será efetuada nesta terça-feira, dia 6, entre a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) e as bancadas patronais.

Conforme decisão da assembleia em Sorocaba, correm risco de greve as empresas que fazem parte dos Grupos 3, 10, Estamparias e Fundições.

Paralisações

A assembleia em Sorocaba autorizou o SMetal e a FEM a firmarem acordos, nos grupos em estado de greve, se apresentarem propostas iguais ou melhores do que as do G2 e G8.

Tanto a FEM quanto o SMetal têm expectativa que alguns dos grupos apresentem essas propostas nos próximos dias. “Mas a falta de disposição dos patrões em chegar a um valor satisfatório de reajuste e de renovar as cláusulas sociais da convenção coletiva, com certeza resultará em paralisação”, afirma Adilson Faustino, diretor do SMetal e secretário-geral da FEM.

A FEM/CUT agrega 14 sindicatos de metalúrgicos no estado. Assembleias semelhantes a de Sorocaba estão sendo realizadas em todas as bases da Federação.

COMO FICAM OS SALÁRIOS NO G2 E G8

• Os pisos salariais serão reajustados em 9,88% a partir de 1º de setembro. Os valores dos pisos, em empresas de todos os portes, serão definidos na redação dos acordos, que será elaborada nesta terça-feira, dia 6, entre a FEM e os sindicatos patronais.

• Os salários acima do piso, até o teto salarial do respectivo grupo, terão 7,88% de reajuste retroativo a 1º de setembro e 2% a partir de 1º de fevereiro de 2016.

• Em todas as faixas salariais, até o teto do respectivo grupo, o 13º salário, as férias individuais e as férias vencidas serão pagas com 9,88% de reajuste em parcela única.

• Em caso de haver demissões entre setembro de 2015 e janeiro de 2016, os vencimentos salariais da rescisão de contrato também serão pagos com 9,88% de reajuste.

• O teto salarial para o índice de reajuste no Grupo 2 foi fixado em R$ 7.426,45. Salários acima desse valor receberão um aumento fixo de R$ 542,45, retroativos a 1º de setembro.

• O teto salarial do Grupo 8 ainda está em discussão. Mas a direção do SMetal acredita que o valor será próximo ao do G2.

• Os acordos garantem que, nas empresas em que forem conquistados valores acima dessas propostas salariais básicas, passa a valer o que for mais vantajoso para os trabalhadores.

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