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Campanha salarial

Funcionários do Modelo fecham acordo de reajuste salarial

Reajustes vão de 8,34% a 18%. Foram 27 dias em estado de greve

Imprensa Sinsaúde

A assembleia aconteceu em frente ao Hospital Modelo, das 6h às 8h

Depois de uma paralisação de 10 horas e 27 dias em estado de greve, na manhã de hoje, dia 16, os trabalhadores e o Hospital Modelo, gerido pelo Grupo Intermédica, fecharam o acordo salarial de 2015.

A campanha da categoria resultou na conquista de até 18% de aumento para quem ganha o piso salarial do estabelecimento, que passa de R$ 927,00 para R$ 1.100,00. O reajuste linear, para quem ganha acima do piso, será de 8,34%.

Entre outras coisas os trabalhadores conquistaram o direito de dispensa para a realização de provas e concursos públicos sendo necessário avisar a empresa com pelo menos 30 dias de antecedência. As funcionárias que têm filhos também terão o direito de dois dias de dispensa, sem desconto do dia, para acompanhar as crianças ao médico.

A proposta da empresa foi colocada em votação e aprovada pelos funcionários durante a assembleia realizada na manhã de hoje pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Sorocaba e Região (Sinsaúde). A reunião começou às 6h e foi finalizada às 8h.

O vice-presidente do Sinsaúde Sorocaba, Elielson Farias, lembra que a data base da categoria é em maio e no dia 23 de junho os trabalhadores cruzaram os braços para forçar que a empresa voltasse à mesa de negociação oferecendo uma proposta viável.

“Eles queriam pagar 6% de aumento em junho e mais 2,34% a partir de janeiro do ano que vem. Nós votamos contra e como eles estavam inflexíveis, entramos em estado de greve e a paralisação foi inevitável”, recorda. A greve do mês passado foi suspensa, temporariamente, depois que a empresa reabriu as negociações que culminou na proposta aprovada na manhã de hoje.

Presidente do Sinsaúde, Milton Sanches, parabeniza todos os que participaram do movimento em defesa dos direitos da categoria. Destacando a força do trabalhador, Sanches lembra que a primeira greve no setor de Saúde em Sorocaba aconteceu em 1986 e atingiu o Hospital Santa Lucinda e setores da PUC.

“Foram 15 dias de paralisação e conseguimos 1% de aumento real. Uma greve no setor da Saúde nunca tinha acontecido na cidade. Naquele ano nós demos um passo para frente na defesa do direito do trabalhador.”

Após outros dois movimentos grevistas no Hospital, complementa Sanches, foi conseguida a valorização real do trabalhador e hoje, segundo ele, o Santa Lucinda oferece boas condições de trabalho para a categoria e chegou a pagar um dos melhores salários do Estado

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