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Dia de Luta do campo

Movimentos terão devolutiva da pauta de reivindicação nesta quinta, 25

Durante a manhã, na Praça da Sé, farão ato contra o desgoverno do estado de São Paulo

FAF-CUT/SP - Fernanda Silva Vaini
Divulgação

O ato na capital paulista incluiu uma marcha pela Avenida Paulista

Nesta quinta-feira (25), às 14h, na Quadra dos Bancários, à Rua Tabatinguera nº 195, no centro paulistano, mais de 1.500 trabalhadores do campo estarão reunidos numa grande plenária para ouvir e discutir as respostas do governo Federal à pauta de reivindicação dos movimentos sindical e sociais do campo do estado de São Paulo. FAF/CUT-SP, MAB e MST reunirão dirigentes e lideranças de base para participar do evento. O dia será marcado pelas lutas do campo.

A devolutiva da demanda será feita pelos ministros do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, da Secretaria Geral da Presidência da República, (SGPR) Miguel Rosseto e de Direitos Humanos, Pepe Vargas. Participarão também a delegacia Federal do MDA de São Paulo e a Superintendência do INCRA.

A resposta do Governo Federal é fruto da articulação dos movimentos que em março, empreenderam uma luta unificada pelos direitos dos trabalhadores do campo e em defesa do projeto popular para o Brasil.

Com um ato na capital paulista que incluiu uma marcha pela Avenida Paulista, e a ocupação do gabinete da Secretaria Geral da Presidência da República, os movimentos apresentaram o documento com as reivindicações e solicitaram a abertura do diálogo com os ministérios e órgãos afins para atendimento da pauta.

No final do mês de maio, no auditório do Ministério do Desenvolvimento Agrário em São Paulo, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e a Coordenação dos Movimentos Sociais do Campo e Territórios da Secretaria Geral da Presidência da República, iniciaram as tratativas com os movimentos.

Ato contra o desgoverno

Durante a manhã os trabalhadores do campo farão ato para denunciar a forma como o governo do estado de São Paulo trata as questões do campo.

Há um descontentamento generalizado com as práticas do governo, dentre elas, o fato do orçamento da agricultura representar 0,59% do orçamento total do Estado; a falta de investimento ao longo dos anos em obras de reservação e preservação da água, redução de perdas e reuso, o que fez com que São Paulo enfrentasse a maior crise hídrica dos últimos 80 anos; o corte do aporte para as obras do Programa Nacional de Habitação Rural; a invisibilidade a qual condena a população do campo, sejam agricultores familiares tradicionais ou de comunidades tradicionais com a falta de regularização fundiária que torna a cada vez mais distantes o acesso às políticas púbicas que possam gerar renda e melhoria de vida.

Nessa vertente impõe às regiões mais empobrecidas do estado a impossibilidade do desenvolvimento territorial, a exemplo, o Sudoeste Paulista e o Vale do Ribeira que possuem os menores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) como Apiaí 0,64 e Barra do Turvo 0,53.

Para protestar contra essas e outras ações que se caracterizam como desserviço do governo do estado de São Paulo, os trabalhadores do campo estarão concentrados na Praça da Sé, às 9h30, na próxima quinta-feira 25.

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