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Editorial

Palavra da diretoria – Juntos por novas conquistas

A palavra da diretoria desta semana traz o tema "juntos por novas conquistas", que fala sobre a importância da mobilização durante as campanhas salariais

Imprensa SMetal

Independente do nível de produção, as campanhas salariais nunca são fáceis para os trabalhadores. Quem está há mais tempo no mercado de trabalho deve se lembrar que, mesmo nos períodos em que todos os segmentos econômicos do Brasil batiam recordes seguidos de produção e vendas, como aconteceu em 2008, 2010 e 2011, os patrões sempre arrumam argumentos para tentar impedir reajustes salariais, negar avanços sociais e ainda tentar retirar direitos dos acordos ou convenções coletivas.

Este ano, com a maré de más notícias na economia, a tendência é haver ainda mais resistência do empresariado em ceder qualquer avanço aos trabalhadores nas campanhas salariais. Essa previsão de queda-de-braço mais dura com os patrões é compartilhada por todas as categorias profissionais. Os metalúrgicos, embora formem uma das categorias mais bem organizadas no país, não foge à regra. É preciso haver mobilização em dobro este ano para conquistar qualquer avanço na Convenção Coletiva.

A data-base dos metalúrgicos da FEM/CUT, da qual o SMetal Sorocaba é membro e que representa 210 mil trabalhadores do setor no Estado de São Paulo, é 1º de setembro.

O ponta-pé inicial para a mobilização – e para as futuras conquistas coletivas – já foi dado no último sábado. Os sindicatos filiados à FEM aprovaram a pauta de reivindicações para este ano e definiram as prioridades na luta por uma boa Convenção Coletiva.

A pauta foi aprovada após plenárias regionais, onde a direção da FEM colheu sugestões de metalúrgicos de várias regiões do estado. Agora, aprovada a pauta, ela será entregue aos grupos patronais com um pedido de urgência na abertura das negociações.

Porém, a urgência dos trabalhadores só será levada em conta pelos grupos patronais metalúrgicos organizados na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) se houver pressão a partir das bases. Não é o papel, a pauta que vai convencer os patrões a respeitarem nossas reivindicações e necessidades trabalhistas. São a união e a mobilização que farão o pedido ser atendido.

As principais reivindicações da nossa pauta são: a redução da jornada de trabalho sem redução no salário; a reposição da inflação e aumento real; a unificação e valorização dos pisos e a valorização das cláusulas sociais.

Em breve haverá uma assembleia em Sorocaba para apresentar a pauta completa aos metalúrgicos da região.

Não podemos abrir mão, além de reajuste salarial, conquistar avanços nas cláusulas sociais da Convenção Coletiva, especialmente em relação às mulheres e aos jovens. A FEM tem como prioridade, inclusive, unificar os direitos sociais, sempre observando o que for mais vantajoso para os trabalhadores, entre os seis grupos que compõem o setor metalúrgico no estado.

Durante a plenária do último sábado, em São Bernardo, o presidente da FEM, Luiz Carlos da Silva, o Luizão, resumiu o sentimento que deve prevalecer este ano: “Não vamos baixar a guarda. Tudo o que conquistamos até hoje não foi bondade dos patrões, mas fruto da nossa luta e do suor de todos nós. Temos que ser a locomotiva do movimento sindical para buscar ganhos, além do aumento real, mais direitos sociais”.

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